Boa Vista: Ligeiros aumentos de preços e indisponibilidade de novos uniformes marcam compras de materiais escolares

Sal-Rei, 13 Set (Inforpress) – As compras de materiais escolares para o ano lectivo 2025/2026 na Boa Vista foram marcadas por ligeiro aumento de preço, falta de alguns manuais escolares e indisponibilidade dos novos uniformes, segundo pais, encarregados de educação e comerciantes.

A Inforpress contactou donos de papelarias, pais e alunos, que apresentaram visões distintas sobre os preços.

Maria da Conceição Silva e Tulu Lopes, proprietários de estabelecimentos comerciais, indicaram que os aumentos nos preços dos materiais foram “normais”, associados à subida dos custos junto dos fornecedores.

Outra questão levantada pelos donos de papelarias é a falta de stock de alguns manuais escolares, um problema recorrente que afecta a ilha, segundo os mesmos.

Em contrapartida, Jaci Souza, encarregada de educação, classificou o aumento como “demais” em relação ao ano anterior.

Já Elma Alves, que se limitou apenas à compra de cadernos, afirmou não ter notado uma diferença significativa nos custos, mas apesar disso, afirmou ter conseguido adquirir todos os livros necessários para o 4.º ano, o que sugere que a escassez pode afectar mais os anos lectivos mais avançados.

A falta de variedade de materiais é um factor que normalmente leva pais e alunos como Ricardo Rodrigues e Stephany Mendes, que vão frequentar o 12.º ano, a optar por fazer compras noutras ilhas, como a Praia e São Vicente.

Os jovens afirmaram que, entretanto, este ano compraram em Sal Rei, e a diferença de preço não foi tanto, rondou os 50 escudos.

O problema mais evidente até agora é a não disponibilidade dos novos uniformes para o Ensino Básico, 5.º ao 8.º ano. Um comunicado oficial da Escola Secundária da Boa Vista confirmou que a mudança foi efetuada, mas os uniformes não se encontram disponíveis na ilha por “motivos de logística”.

A escola orientou os alunos a utilizarem uniformes antigos ou a vestirem calça jeans e t-shirt ou polo branca até 15 de Outubro.

A situação gerou insatisfação entre os pais, que criticam a "falta de organização" e mais ainda o preço dos uniformes, principalmente os que têm mais de dois filhos nesses níveis e vão ter de lidar com um investimento adicional.

MGL/ZS

Inforpress/Fim