Sal-Rei, 12 Set (Inforpress) – Dois empresários com negócios na zona de João Questão-Estoril, Sal Rei na Boa Vista, acusaram hoje a autarquia de ser responsável por inundações e águas de chuva desviadas e estagnadas na zona, causando prejuízos aos seus empreendimentos.
Em declarações à Inforpress, os empresários Ângelo Majewska e Fabio Merighi, alegaram que a situação foi provocada pelo desvio de águas da chuva de Agosto, para a referida área, agravado pelo fechamento de uma vala de escoamento.
Ângelo Majewska, proprietário do restaurante “Mar Azul”, que diz estar com o negócio fechado há mais de 25 dias, estima um prejuízo de 33 mil escudos diários, e que a perda acumulada ronda os 820 mil escudos, já que as pessoas não vão à zona por falta de caminho, mau cheiro e falha de iluminação pública.
O mesmo ainda alertou para o facto de serviços de saúde, como o Centro de Saúde e algumas clínicas e laboratórios privados situados na zona, estarem na mesma situação.
Por sua vez, Fábio Merighi, do ramo de aluguer de veículos eléctricos e apartamentos, denuncia a destruição de parte do seu inventário.
Segundo ele, 18 motos eléctricas foram danificadas, após o armazém onde ficam ter sido inundado, e necessitam de substituição do motor e da placa electrónica, o que representa um custo considerável.
Além de alguns turistas hospedados terem abandonado o local por causa do mau cheiro, más condições de saúde pública e a proliferação de mosquitos, o que têm levado também a reclamações dos moradores.
Ambos os empresários afirmam que, mesmo com os seus negócios a operar de forma legal e com impostos em dia, não têm conseguido obter ajuda da Câmara Municipal da Boa Vista, alegando que da instituição foi-lhes dito apenas que a bombagem das “águas estagnadas responde a uma hierarquia”.
Contactado, o director da Protecção Civil da autarquia, Kevin Tomar, que arrancou hoje com a bombagem de água, reforçou que vão dar prioridade ao centro de Sal Rei, principalmente com o início das aulas onde as crianças e outras pessoas circulam. E depois disso, acrescentou, darão atenção à zona de João Questão-Estoril.
Face à “falta” de intervenção da autarquia, os empresários afirmaram já ter pagado trabalhadores para cavar a vala e construir barreiras com areia e sacos de areia, além de estar a usar bombas de água 24 horas por dia, desde o dia 14 de Agosto, num esforço para conter as águas e salvar os seus negócios.
MGL/ZS
Inforpress/Fim
Partilhar