
Sal Rei, 14 Nov (Inforpress) – A Oficina de Carnaval, promovida pela Câmara Municipal da Boa Vista, arrancou hoje, com os carnavalescos “Boss” e Valdir Brito, destacando a importância de partilhar experiências do carnaval para elevar o potencial do evento na ilha.
O formador João Brito, conhecido por “Boss”, juntamente com Valdir Brito, carnavalescos reconhecidos pelo seu trabalho no Carnaval de São Vicente, explicou que o objectivo é "passar a experiência" para que os grupos da Boa Vista possam organizar um "bom carnaval" e "fazer diferente" na ilha.
Boss afirmou ser necessário dar um “up” no carnaval da Boa Vista, assim como fizeram em 2014 quando entraram no Carnaval de São Vicente, “trazendo magia, grandiosidade e movimento”, o que foi um “sucesso”, tendo em conta que o carnaval mindelense atingiu um "patamar diferente" e hoje sentem as mudanças a nível económico e de criatividade.
O carnavalesco explicou que o conteúdo da formação vai além da arte, e que abordará a gestão e a sustentabilidade dos grupos carnavalescos, com aulas sobre a criação de enredo, a organização do desfile e a obtenção de harmonia entre os vários elementos.
Na parte referente ao financiamento, com estratégias baseadas na criação de contrapartidas para os patrocinadores, o carnavalesco destacou o potencial da Boa Vista, sugerindo que os grupos prestem serviços e realizem desfiles nos hotéis ao longo do ano para gerar ingressos contínuos.
A sustentabilidade também é um ponto reforçado pelos formadores, que incentivam uma cultura de reciclagem e reutilização de materiais descartados como "um ferro, ou um frigorífico", mostrando como é possível reduzir custos e aumentar a criatividade dos carros alegóricos através de um trabalho que deve durar o ano inteiro.
A Directora de Cultura da CMBV, Leidy Barros, indicou que a vinda dos carnavalescos era uma necessidade antiga, visando "trazer novas valências, de capacitar, e aprimorar" os agentes locais para que possam "levantar o nosso Carnaval" na ilha.
Valdir Brito conclui o primeiro dia da oficina apelando pelo espírito da colaboração e união dos grupos carnavalescos, afirmando que "estão a fazer cultura, não estão a fazer política, são uma comunidade".
A oficina decorre até 17 de Novembro e a CMBV espera que com o aprimorar das técnicas e troca de experiências, se possa planear em conjunto um Carnaval 2026 mais criativo, colaborativo e participativo.
MGL/HF
Inforpress/Fim
Partilhar