
Cidade da Praia, 27 Nov (Inforpress) - O Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas manifestou hoje “profundo pesar” pela morte de Vasco Martins, “músico, escritor e figura maior da música cabo-verdiana”, salientando o seu legado único que uniu tradição popular e música erudita.
Em nota de pesar, divulgada na sua página oficial nas redes sociais, o ministério reagiu ao falecimento de Vasco Martins, a quem define como sinfonista, musicólogo e “uma das figuras mais singulares da criação artística cabo-verdiana”.
O país perde "uma personagem rara do panorama musical", sublinhou o ministério, destacando que Vasco Martins se notabilizou como pianista, guitarrista, romancista, ensaísta, poeta e sound designer.
A sua obra é enaltecida por ter construído uma "ponte inédita" entre a herança da música popular de Cabo Verde e os códigos da música erudita, ocupando um espaço quase único no segmento da música clássica nacional.
De acordo com a nota, o “vasto e inovador trabalho” de Vasco Martins é marcado pela experimentação e profundidade artística.
Natural da ilha de São Vicente, que elegeu como centro da sua criação, Vasco Martins deixa um impressionante catálogo com mais de 26 discos gravados. Entre os seus trabalhos mais emblemáticos estão Universo da Ilha, Quinto Mundo, Ritual Periférico, as quatro sinfonias, Danças de Câncer e Partum Spiralis.
Para além da música, o legado de Vasco Martins estende-se à paisagem cultural cabo-verdiana, sendo de sua autoria a pintura que adorna a fachada do novo Centro Nacional de Arte, Artesanato e Design (CNAD), inaugurado em 2022.
O Governo endereçou as "mais sentidas condolências" à família, amigos e à comunidade artística, assegurando que a música do criador "permanecerá eterna".
O músico, compositor, musicólogo e escritor, Vasco Martins, morreu aos 69 anos, de doença prolongada, após um período em tratamento em Portugal, tendo sido declarado o óbito às 02:00 de hoje, na cidade do Mindelo, em São Vicente.
CG/SR//CP
Inforpress/Fim
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