Cidade da Praia, 21 Ago (Inforpress) – O defesa internacional cabo-verdiano Roberto “Pico” Lopes considera que uma eventual qualificação da selecção nacional ao Mundial de 2026 seria “digna de documentário”, num momento em que os Tubarões Azuis lideram o seu grupo de apuramento.
O central de 33 anos, capitão do Shamrock Rovers, da Irlanda, fez estas declarações ao jornal português zerozero, na antevisão do jogo de hoje frente ao Santa Clara, nos Açores, a contar para a Liga Conferência.
“Será digno de um documentário. Avisem a Netflix”, gracejou Roberto “Pico” Lopes, quando questionado sobre a hipótese de disputar um Mundial.
Natural da Irlanda, filho de pai cabo-verdiano, Roberto Lopes soma 39 internacionalizações e esteve presente nas duas últimas edições do Campeonato Africano das Nações (CAN), em 2021 e 2023. Desde 2019 tornou-se peça fundamental da defesa cabo-verdiana, afirmando sentir-se “em casa” no arquipélago.
“Estou apaixonado pelo país e pelo grupo. Sinto que estou em casa dos meus avós, sinto o chamamento do país. Vestir esta camisola é uma alegria, ainda mais com os resultados tão positivos”, disse o jogador.
Cabo Verde lidera o seu grupo de qualificação e em Setembro e Outubro terá dois jogos decisivos: recebe os Camarões, uma das seleções mais fortes do continente, e visita a Ilhas Maurícias.
“Serão meses cruciais. Temos uma seleção de qualidade e tive muita sorte em encontrar este grupo, que deu um novo sentido à minha carreira”, sublinhou.
Questionado sobre a hipótese de disputar um Mundial, o central não escondeu o entusiasmo: “Ui! Será digno de um documentário. Avisem a Netflix”, gracejou.
Filho de emigrante cabo-verdiano que se fixou em Dublin, Roberto Lopes cresceu nos subúrbios da capital irlandesa, fez sete épocas no Bohemian FC e cumpre a nona temporada com o Shamrock Rovers, onde é capitão.
Conhecido no futebol como “Pico”, alcunha herdada do pai desde a infância, o jogador tem vindo a aprofundar a ligação à lusofonia e à cultura cabo-verdiana.
“Descobri as minhas raízes há poucos anos e apaixonei-me pelo país do meu pai, que agora é também o meu país. O povo é alegre, canta e dança, e eu sinto-me contagiado por isso”, declarou.
OM/JMV
Inforpress/Fim
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