Mindelo, 21 Ago (Inforpress) – O ministro da Família, Inclusão e Desenvolvimento Social anunciou hoje, no Mindelo, que está a ser feito um plano de reabilitação total da delegação do Instituto Cabo-verdiano para Crianças e Adolescentes (ICCA), em São Vicente.
Fernando Elísio Freire deu uma informação aos jornalistas, após uma visita aos centros de acolhimento de desalojados pelas chuvas do último dia 11 de Agosto.
O governante admitiu que houve “muitos danos” na infra-estrutura com a chuva que “atingiu-lhe no coração”.
Por isso, conforme a mesma fonte, agora está a ser feito um plano de recuperação, a começar por uma consultoria de engenharia e arquitectura, isto para que fique “mais resiliente” no futuro, quando se situa no “olho de furacão”, na Avenida 12 de Setembro, uma das áreas mais afectadas pelas cheias.
Neste momento, acrescentou, está-se a dar continuidade aos trabalhos de limpeza e fazer pequenas obras para recolocar as crianças, que estão alojadas num outro espaço do ICCA.
“Estas são obras de urgência, mas o que vamos fazer de estrutural, vai ser estudado com engenheiros, arquitectos”, realçou Fernando Elísio Freire.
Quanto ao Centro de Evacuações, situado no mesmo prédio, o governante disse que vai ser contemplado com o mesmo plano de recuperação.
Entretanto, confirmou que o centro perdeu alguns dados materiais com as enxurradas que entraram no interior, mas assegurou que “nenhum pensionista” vai ficar sem pensão.
“Ninguém saiu da lista, porque o sistema também existe na Praia. O que se perdeu foram arquivos de suporte físico de algum processo que ainda não está registado, mas isso é facilmente recuperável através de novos pedidos”, esclareceu o ministro.
Referindo-se a números de afectados directamente pelas chuvas, Fernando Elísio Freire adiantou que existem cerca de 74 famílias, de 255 pessoas, que estão alojadas nos centros de acolhimento, sendo que destas 12 famílias perderam tudo.
Uma situação que exige uma intervenção emergencial, no sentido de se permitir ter acesso à habitação social “o mais rápido possível”.
Mais ainda, avançou, 62 famílias têm de ser realojadas por as suas casas não terem situações de segurança, para além de pessoas afectadas que estão em casas de familiares espalhados pela ilha inteira.
Todas essas pessoas, segundo a mesma fonte, vão ser alojadas em habitações sociais, por exemplo, na zona de Ribeira de Julião.
Confrontado com a situação das moradias do complexo que sofreram também danos nas fundações devido às chuvas, o ministro da Família considerou ser “uma questão técnica de engenharia que pode ser resolvida da melhor maneira”.
LN/JMV
Inforpress/Fim
Partilhar