Parlamento:  Governo diz estar a trabalhar para colocar a diáspora como uma das centralidades desta legislatura

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Parlamento:  Governo diz estar a trabalhar para colocar a diáspora como uma das centralidades desta legislatura
08/11/24 - 06:35 pm

Cidade da Praia, 08 Nov (Inforpress) - O ministro das Comunidades reiterou hoje que o Governo está a trabalhar para construir um “novo paradigma”, com base numa “nova visão” que coloca a diáspora como uma das centralidades das políticas públicas desta legislatura.

Jorge Santos fez esta afirmação durante a sua intervenção no debate parlamentar, sublinhando que Cabo Verde, como uma nação “global e transnacional”, considera a sua diáspora como um dos “pilares fundamentais” para o seu processo de desenvolvimento e no diálogo multilateral, bilateral e global que desenvolve com os seus parceiros.

“A multinacionalidade cabo-verdiana pode ser, por isso, considerada uma espécie de nova dimensão da soberania do nosso país, pois estende-se para além das fronteiras das nossas ilhas. O esforço de desenvolvimento do país exige cada vez mais uma maior integração da diáspora, aproveitando e maximizando o seu potencial", frisou.

Para o ministro, esta integração exige uma aproximação dinâmica e reconhecimento desta realidade, como parte integrante e recurso essencial para o desenvolvimento de Cabo Verde.

“O potencial humano e económico da nossa diáspora é elevadíssimo e representa um recurso de enorme relevância para investimentos diretos no país. Este Governo está a trabalhar para a diáspora como uma das centralidades das políticas públicas desta legislatura”, continuou.

Neste sentido, sublinhou que o Governo reconhece a necessidade de uma mudança de paradigma e tem vindo a promovê-la progressivamente.

“É uma diáspora que nos orgulha a todos, e essa busca colectiva por uma nova capacidade de influência representa as energias vitais de um povo que, historicamente, tem sabido ser resiliente, exigente e atento aos desafios do seu desenvolvimento”, destacou o governante.

 

O ministro reconheceu que a diáspora representa um dos aspectos “históricos fundamentais” que motivaram a mudança de paradigma nesta nova visão política e na governança do país, para tornar a diáspora cada vez mais próxima de Cabo Verde.

Assim sendo, continuou Jorge Santos, de acordo com o PEDS II, o Governo pretende, ainda neste ciclo de planeamento, aprovar a lei sobre o Conselho das Comunidades e o Conselho Regional das Comunidades nos países de acolhimento, bem como instalar, brevemente, os Adidos da Cultura e das Comunidade nas comunidades.

“Estamos a trabalhar, usando a experiência do Centro Cultural criado em Portugal, para criar novos centros culturais de Cabo Verde noutros países de acolhimento, como França, Angola e São Tomé e Príncipe", disse.

A mesma fonte adiantou que brevemente vai também se avançar com os estatutos de utilidade pública para que as mais de 300 associações de cabo-verdianos no mundo possam sentir-se reconhecidas.

O titular da pasta das Comunidades reafirmou que “dar centralidade à diáspora” significa aumentar o aproveitamento do potencial de capital humano e económico disponível na diáspora.

“A diáspora tem um papel essencial na construção da imagem de Cabo Verde no mundo, graças à sua boa integração e actividade nos países de acolhimento, e à assunção pacífica e orgulhosa das múltiplas nacionalidades/identidades pelas novas gerações”, concluiu.

NA/JMV

Inforpress/Fim

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