Ribeira Brava, 11 Fev (Inforpress) – O ICCA reuniu-se hoje com parceiros do município da Ribeira Brava para reativar o Comitê Municipal de Proteção das Crianças e discutir estratégias para garantir a segurança e o bem-estar dos jovens durante o período de Carnaval.
Em declarações à Inforpress, a presidente do Instituto Cabo-verdiano da Criança e do Adolescente (ICCA), Zaida Freitas, afirmou que o objectivo do encontro é ouvir as preocupações dos parceiros, por um lado, e, por outro, analisar como é que tem sido essa parceria, sobretudo com a Unidade do ICCA na ilha e em conjunto definir o que se pode fazer para reforçar o sistema de proteção das crianças.
A mesma fonte destacou a importância da “união de esforços” para enfrentar os desafios da proteção infantil, especialmente no contexto do Carnaval, um período de grande festividade, mas que também pode apresentar riscos para as crianças.
“A partir da reunião de hoje já ficou marcado um encontro para a próxima semana, onde pretendemos juntar os diversos parceiros para criarmos uma estratégia para este período do Carnaval para monitorar, identificar situações de perigo e para sensibilizar pais e a comunidade, os grupos carnavalescos, dessa necessidade de realmente não garantir que haja festa, haja alegria, mas garantir sempre a segurança e a proteção das crianças e adolescentes”, destacou.
Durante a reunião foram ainda abordados diversos temas, como a irresponsabilidade parental e da comunidade, o bullying nas escolas, a saúde mental dos jovens, a questão da pensão de alimentos e a necessidade de atenção especial para comunidades mais afastadas.
Zaida Freitas ressaltou a importância de resgatar a responsabilidade dos pais e da comunidade na proteção das crianças, bem como a necessidade de fortalecer o diálogo nas escolas sobre temas relevantes para os jovens, como o bullying e a saúde mental.
“E também perceber que dentro deste município há regiões, sobretudo um bocadinho mais afastadas, que precisam de um cuidado especial e esse foi um apelo muito grande que foi trazido em relação à comunidade da Preguiça, que tem várias questões e que precisam de ser analisadas nessa especificidade”, realçou.
A presidente do ICCA sublinhou ainda que há alguma preocupação também com o abuso e violência sexual, que, segunda a mesma fonte, “não são as maiores denúncias” em termos de dados no unicípio, mas que é sempre uma preocupação, porque “nem que seja só um caso já é grave” e é preciso estar atento.
WM/JMV
Inforpress/Fim
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