Lisboa, 02 Nov (Inforpress) – A Associação da Língua Materna Cabo-verdiana (ALMA-CV) em Portugal, a Associação Cabo-verdeana (ACV) e a Sociedade Cabo-verdiana de Autores (SOCA) fazem um balanço positivo da “Quinzena Cultural” que decorria em Lisboa desde 11 de Outubro e terminou hoje.
O balanço foi feito em declarações à Inforpress na sessão do encerramento do evento, pelo coordenador do Conselho Executivo da ALMA-CV em Portugal, José Luís Hopffer Almada, pela presidente em exercício da ACV, Dulcineia Sousa, e pelo presidente da SOCA, Daniel Spínola.
“O balanço é francamente positivo. A expectativa já era alta, no entanto conseguiu superar aquilo que nós estávamos à espera. Tivemos várias actividades, sempre com casa cheia, por isso estamos bastante satisfeitos e já expectantes para mais uma quinzena cultural”, disse Dulcineia Sousa, lembrando que a SOCA já é um parceiro bastante antigo da ACV, que espera continuar, assim como a delegação da ALMA-CV em Portugal, que é recente.
Conforme Dulcineia Sousa, a Associação Cabo-Verdeana é, sobretudo, uma associação cultural, e por não ser possível fazer nada de sucesso isoladamente, estas parcerias revestem-se de “grande importância” para a associação que dirige.
“A SOCA tem feito muita actividade nas comunidades fora de Cabo Verde, com exposições de pintura, feiras e lançamento de livros, momentos musicais, entrega de direitos autorais, nomeadamente no quadro do Dia Nacional da Cultura e das Comunidades”, disse o presidente da SOCA, Daniel Spínola, que reiterou o longo período da parceria com a ACV, e mais recentemente com a ALMA-CV em Portugal,
“A quinzena foi pensada para promover a língua cabo-verdiana num contexto bilingue e multilingue, em que a língua cabo-verdiana convive com outras línguas, o que nos deixou muito satisfeitos porque tivemos o lançamento de dois livros em língua cabo-verdiana de duas mulheres poetisas”, disse, por sua, vez, o coordenador do Conselho Executivo da ALMA-CV em Portugal, José Luís Hopffer Almada.
Hoje, na sessão de encerramento da “Quinzena Cultural”, aconteceu o lançamento da trilogia ficcional de Daniel Spínola, “Angra sagrada”, “Angra divina” e “Angra onírica”, que teve como apresentadores Lídia Praça e José Luís Hopffer Almada, com momento musical com Tchicau.
De 11 de Outubro a 02 de Novembro, nas instalações da Associação Cabo-verdeana decorreram várias actividades no âmbito na “Quinzena Cultural, como a apresentação da SOCA-Magazine em homenagem a David Hopffer Almada, no dia 11 de Outubro, e uma sessão cultura de homenagem a Eugénio Tavares, a 17 de Outubro.
No dia 25 de Outubro foram apresentados dois livros de poesia, “N kre ser pueta”, de Andreia Tavares de Sousa, e “Di vos de mudjer pa umanidade”, de Helena Gonçalves Furtado, no dia 26 aconteceu uma conferência sobre “A tradução para a língua cabo-verdiana de um soneto de Luís Vaz de Camões pelo poeta lírico cabo-verdiana Eugénio da Paula Tavares”, proferida por Graça Pina.
Ainda a 31 de Outubro foi a vez de uma palestra sobre “Crioulo e português: convívio entre a fatalidade da mútua mutilação e do desafio de um efectivo bilinguismo”, proclamada pelo linguista Hbas-Peter (Lonha) Heilmair.
DR/JMV
Inforpress/Fim
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