São Vicente: Famílias sanvicentinas beneficiadas com 500 mil euros de programa de reforço familiar das Aldeias SOS

Mindelo, 31 Jan (Inforpress) – As famílias carenciadas sanvicentinas vão ser beneficiadas com 500 mil euros do programa de reforço familiar que arranca na próxima semana, sob a iniciativa das Aldeias Infantis SOS de Cabo Verde e Guiné Bissau.

O projecto, que foi lançado hoje, no Mindelo, na verdade dá continuidade a um outro projecto de reforço familiar colocado em prática pelo Centro Social SOS do Mindelo, de Setembro de 2021 até Dezembro de 2024.

Este prolongamento, agora com um novo financiamento, será efectivado, conforme o director nacional, Ricardo Andrade, avançou à imprensa, numa parceria entre as Aldeias Infantis SOS de Cabo Verde e Guiné Bissau.

“Vamos utilizar, portanto, o mesmo tipo de projecto, o mesmo tipo de trabalho, fazer uma troca de experiências com a Guiné-Bissau à volta dos mesmos desafios para podermos encontrar as soluções à volta da vulnerabilidade das famílias que leva ao abandono infantil juvenil aqui na ilha de São Vicente”, explicou a mesma fonte.

O programa denominado “Catalisando mudanças positivas em Cabo Verde e na Guiné-Bissau através do fortalecimento familiar e da troca de experiências” está orçado em um milhão de euros, dos quais 500 mil euros serão especificamente para a ilha de São Vicente, afiançou Ricardo Andrade.

“Se contarmos nesses dois projectos, o anteriormente finalizado em Dezembro e agora neste novo para três anos, significa que em seis anos são cerca de 1 milhão de euros investidos aqui na ilha de São Vicente”, sublinhou o responsável das aldeias em Cabo Verde, para quem é preciso maior atenção das autoridades para a iniciativa.

Este vai contemplar 150 famílias, com 450 crianças de zonas como Ribeira Bote, Fonte Filipe, Monte Sossego e Ribeirinha.

Para além do fortalecimento familiar e da capacitação parental, o novo projecto traz, conforme a mesma fonte, novidade do microcrédito e acção relativamente à violência baseada no género.

Por isso, acrescentou, a associação com outros parceiros transversais de implementação, como, por exemplo, o Instituto Cabo-verdiano para Igualdade e Equidade do Género (ICIEG).

“Porque é um trabalho que não pode ser desenvolvido apenas pelas Aldeias Infantis SOS. A problemática é de São Vicente, a problemática é específica, portanto, nós temos que desenvolver o projecto de fortalecimento das famílias em conjunto com os parceiros”, ressaltou Ricardo Andrade.

LN/JMV

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