Cidade da Praia, 18 Fev (Inforpress) – As instituições de ensino superior dos Países Africanos de Língua Portuguesa (PALOP) já podem apresentar, até 30 de Abril, candidatura para a criação ou realização de edições de cursos de matemática, informou hoje a Fundação Gulbenkian.
Segundo a nota, o projecto é destinado a instituições de ensino superior públicas ou privadas de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe sem fins lucrativos, com actividade lectiva há, pelo menos, 10 anos e um departamento docente na área da Matemática ou áreas afins.
Estes cursos, adianta a fundação, deverão ter como objectivo uma especialização em áreas afins da Matemática e as instituições deverão oferecer uma sólida formação técnica e científica, permitindo uma especialização num domínio específico e devidamente identificável.
“O apoio destina-se à realização de primeiras edições de cursos pós-graduados, não conferentes de grau, e reedições de cursos já apoiados pela Fundação Calouste Gulbenkian com elevada procura e resultados comprovados em matemática e áreas afins”, lê-se no documento.
Por outro lado, realça a mesma fonte, a leccionação das unidades curriculares deve ser assegurada por um corpo docente de mérito técnico e científico, por via presencial ou à distância, sendo preferencial o modelo b-learning.
A instituição proponente deverá indicar um número mínimo de estudantes que assegure a viabilidade do curso, bem como um número máximo de estudantes de forma a manter e garantir a qualidade do processo ensino-aprendizagem.
De acordo com o comunicado, as candidaturas devem ser submetidas, exclusivamente, por via electrónica, através do preenchimento de todas as informações solicitadas e questões de avaliação no formulário de candidatura e a entrega de todos os documentos necessários através do site gulbenkian.pt.
Ainda conforme a nota, cada instituição de ensino superior pode apresentar, no máximo, duas candidaturas, incluindo reedições de cursos já apoiados pela FCG, sendo que cada candidatura deverá corresponder apenas a um curso.
“A análise das candidaturas será efectuada por um júri externo, com base nos seguintes critérios de análise do plano curricular do curso (30%), curriculum da equipa docente do curso (30%), articulação do curso com a restante oferta formativa da instituição proponente (15%), adequação do curso ao contexto do país e às necessidades nacionais de formação (15%) e disponibilização de actividades de enriquecimento curricular complementar à formação em sala (10%)”, avança a nota.
O apoio a conceder pela FCG para a realização do curso proposto será, no máximo, de 27 mil euros e não superior a 85% do custo total previsto para o curso, no caso de primeiras edições dos cursos, 20 mil euros e não superior a 65% do custo total previsto para o curso, no caso de segundas edições dos cursos e 15 mil euros, no caso de terceiras edições.
CM/HF
Inforpress/Fim
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