Ministério da Saúde capacita profissionais em primeiros socorros psicológicos

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Ministério da Saúde capacita profissionais em primeiros socorros psicológicos
07/10/25 - 05:27 pm

Cidade da Praia, 07 Out (Inforpress) – A directora nacional da Saúde, Yorleydis Rosabal, afirmou hoje que a formação em primeiros socorros psicológicos é a primeira do plano de capacitação deste ano, envolvendo 25 formandos e com um alcance previsto de 130 profissionais.

Esta formação, destinada a psicólogos educacionais e líderes comunitários, a nível nacional, enquadra-se na implementação do Plano Estratégico de Saúde Mental e nas comemorações do Dia Mundial da Saúde Mental, que se assinala a 10 de Outubro.

Segundo a mesma fonte, o objectivo principal é dotar os profissionais dos sectores da saúde, educação e das comunidades locais de competências para prestar apoio emocional e psicológico em situações de crise.

“É uma iniciativa que visa apoiar na observação, escuta e capacidade de suporte emocional a pessoas em crise, tanto a nível comunitário como junto das famílias e do sector educacional”, afirmou Yorleydis Rosabal.

Para aquela responsável, a meta é reduzir situações que possam colocar em risco a vida das pessoas. Por isso, considera “importante” transmitir segurança e bem-estar, de modo a diminuir o stress no ambiente educacional.

A iniciativa pretende igualmente contribuir para a redução do estigma ainda associado à saúde mental.

“Teremos pessoas mais preocupadas com o seu autocuidado, com competências e habilidades para trabalhar esta questão. Todos somos vulneráveis e precisamos de compreender que pedir apoio não deve ser motivo de conotação negativa”, sublinhou.

Durante a formação, serão abordados temas como os principais factores de risco, condicionantes e determinantes da saúde mental, bem como estratégias para trabalhar cada um destes aspectos no seio da comunidade.

“Queremos criar uma rede de pessoas capacitadas, que possam estar próximas das famílias, prestar apoio, ser pontes de ligação entre quem precisa e os serviços de saúde”, acrescentou.

Por seu turno, a psicóloga clínica Loide Rodrigues afirmou que esta formação é “muito importante” porque irá capacitar e dotar os participantes de habilidades para realizarem intervenções mais eficazes, uma vez que, frequentemente, surgem dúvidas no momento da actuação.

“Mesmo durante a formação, constatamos que, por vezes, temos dúvidas, e, ao fazer uma intervenção, se não tivermos formação especializada, é mais difícil actuar adequadamente no contexto”, frisou Loide Rodrigues.

No que respeita à maior sensibilidade das pessoas para procurarem ajuda relativamente a problemas de saúde mental, principalmente nas escolas, a psicóloga explicou que, actualmente, há cada vez mais jovens que recorrem, por iniciativa própria, ao gabinete de orientação psicológica.

“Temos cada vez mais adolescentes que procuram apoio por vontade própria, e adolescentes encaminhados por professores que já têm um olhar mais sensibilizado para as questões da saúde mental”, concluiu.

JBR/ZS

Inforpress/Fim

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