Viúva do opositor reforça acusações contra Putin e promete continuar a lutar

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Viúva do opositor reforça acusações contra Putin e promete continuar a lutar
19/02/24 - 01:41 pm

Moscovo, 19 Fev (Inforpress) - A viúva do opositor russo Alexei Navalny, Yulia Navalnaya, acusou hoje o Presidente russo, Vladimir Putin, de ter matado o seu marido, prometendo que continuará o seu legado na luta contra o regime de Moscovo.

"Há três dias, Vladimir Putin matou o meu marido, Alexei Navalny. Putin matou o pai dos meus filhos", afirmou Yulia Navalnaya, num vídeo publicado nas redes sociais, três dias depois de o líder da oposição russa ter morrido na prisão em circunstâncias ainda por apurar.

“Com ele, (Putin) queria matar a nossa esperança, a nossa liberdade, o nosso futuro”, afirmou.

E acrescentou: “Vou continuar o trabalho de Alexei Navalny. Continuarei pelo nosso país, convosco. E apelo a todos para estarem comigo (…). Não é uma vergonha fazer pouco, é uma vergonha não fazer nada, é uma vergonha deixarmo-nos amedrontar”.

A viúva de Navalny declarou ainda que todos se devem unir “para atacar Putin”, bem como “os seus amigos, os bandidos protegidos, os cortesãos e os assassinos que querem paralisar” a Rússia.

Na passada sexta-feira, quando foi anunciada a morte de Alexei Navalny, Yulia Navalnaya acusou de imediato Vladimir Putin e pediu que o chefe de Estado russo fosse responsabilizado e punido.

O opositor russo Alexei Navalny, um dos principais opositores de Vladimir Putin, morreu a 16 de fevereiro, aos 47 anos, numa prisão do Ártico, onde cumpria uma pena de 19 anos.

Os serviços penitenciários da Rússia indicaram que Navalny se sentiu mal depois de uma caminhada e perdeu a consciência.

Destacados dirigentes ocidentais, a família e apoiantes do opositor responsabilizam o Presidente russo, Vladimir Putin, pela sua morte.

O porta-voz do Kremlin (presidência), Dmitri Peskov, afirmou hoje que a investigação sobre a morte de Navalny está “em curso”, numa altura em que a família ainda não teve acesso ao corpo do opositor.

Inforpress/Lusa

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