Santa Maria, 13 Mar (Inforpress) - O vice-presidente da Internacional Finance Corporation (IFC) considerou, hoje, que Cabo Verde é um país que está no centro da estratégia desta sociedade do grupo do Banco Mundial, destacando que é também o primeiro a ter uma representante residente.
Sérgio Pimenta intervinha na abertura do primeiro Fórum de Investimento da África Lusófona, que acontece durante esta quinta e sexta-feira na cidade de Santa Maria, na ilha do Sal, reunindo principais intervenientes do sector privado e instituições internacionais de apoio ao investimento.
“Cabo Verde é um país que está no centro da nossa estratégia como grupo do Banco Mundial, em termos de coordenação do nosso trabalho e de eficácia das nossas operações, e é por isso um dos primeiros países em que designamos, no ano passado, uma representante conjunta no país para representar o Banco Mundial”, precisou o vice-presidente do IFC para o Médio Oriente e África.
Conforme este responsável, o fórum oferece uma “oportunidade única” para fortalecer o ambiente de negócios nos PALOP e discutir ideias e projectos inovadores que impõem as suas trajectórias de desenvolvimento.
“Perante um clima de incerteza a nível de cooperação internacional, é importante rever o que nos une, o que nos traz juntos e, neste contexto, o sector privado vai ter de desempenhar um papel ainda mais fundamental para o crescimento e para a prosperidade do continente e para a prosperidade da sua população” frisou.
Este novo desafio, conforme Sérgio Pimenta, junta-se a outros que o continente africano tem vindo a enfrentar, destacando as “taxas de juros elevadas, restrições cambiais e fluxos comerciais” muitas vezes “voláteis”, a seu ver.
“No entanto, temos que ver as oportunidades, particularmente a digitalização, a inovação, uma população jovem em crescimento e esses factores têm de proporcionar dinamismo e transformar inúmeros mercados no continente”, continuou.
Defendeu que com estes “desafios e essas oportunidades”, são necessárias estratégias de investimento a longo prazo com decisões “ambiciosas”, sustentadas pela população próxima entre o sector privado, o sector público e em parceria com as instituições financeiras de desenvolvimento como o Grupo do Banco Mundial e o Grupo do Banco Africano de Desenvolvimento.
A mesma fonte sublinhou que através de produtos de investimentos, mas também de serviços de consultoria e assistência técnica, tem apoiado o sector privado africano na publicação e na promoção de capitais privados essenciais ao seu desenvolvimento e crescimento.
“Alavancando todos os instrumentos e os instrumentos do nosso grupo do Banco Mundial, aumentamos consideravelmente os nossos investimentos com mais de 39 projectos, cerca de quatro mil e 200 milhões de dólares americanos, investidos nos últimos sete anos”, disse.
Sérgio Pimenta frisou ainda que o continente precisa aumentar “consideravelmente a sua produção e produtividade agrícola”, de forma a responder às suas necessidades.
Quanto ao sector de energias e infra-estruturas, concluiu, afirmando que os PALOP enfrentam ainda níveis de acesso à energia bem abaixo da média do continente.
Durante o período da manhã foram ainda discutidos no fórum os desafios e oportunidades nos mercados lusófonos, como atrair investimentos estrangeiros directo por meio de agências de promoção de investimento e foram apresentados os casos de sucesso no sector da construção.
NA/ZS
Inforpress/Fim
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