
Roma, 06 Dez (Inforpress) - O Papa Leão XIV disse hoje que o Vaticano não ficará braços cruzados perante as violações dos direitos humanos em todo o mundo, numa audiência com os novos embaixadores junto da Santa Sé.
"Desejo reafirmar que a Santa Sé não ficará de braços cruzados perante as graves desigualdades, as injustiças e as violações dos direitos humanos fundamentais na nossa comunidade internacional cada vez mais fragmentada e propensa a conflitos", declarou Leão XIV aos 13 novos embaixadores.
Segundo a agência France-Presse, as declarações de Leão XIV, divulgadas pelo Vaticano, são das mais claras até à data sobre o pensamento e as opiniões do Papa norte-americano, eleito em maio para dirigir a Igreja Católica após a morte do Papa Francisco.
Leão XIV assegurou ainda que a diplomacia da Santa Sé está "constantemente orientada para servir o bem da humanidade, particularmente apelando para as consciências e mantendo-se atenta às vozes dos pobres, dos vulneráveis e dos marginalizados".
Ao destacar as desigualdades, Leão XIV dá continuidade às prioridades do seu antecessor, Francisco, que defendeu os direitos dos migrantes e de outros grupos vulneráveis durante o seu pontificado.
O Papa, que passou quase 20 anos como missionário no Peru, denunciou o tratamento dado aos migrantes nos Estados Unidos sob a administração do presidente Donald Trump, classificando-o, no mês passado, como "extremamente desrespeitoso".
Os novos embaixadores acreditados hoje e recebidos em audiência no Vaticano são oriundos do Uzbequistão, Moldova, Bahrein, Sri Lanka, Paquistão, Libéria, Tailândia, Lesoto, África do Sul, Fiji, Micronésia, Letónia e Finlândia.
Inforpress/Lusa
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