Tráficos de drogas e de seres humanos e lavagem de capitais são novos desafios para a Polícia Judiciária - ministra

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Tráficos de drogas e de seres humanos e lavagem de capitais são novos desafios para a Polícia Judiciária - ministra
11/12/25 - 01:42 pm

Cidade da praia, 11 Dez (Inforpress) – A ministra da Justiça apontou hoje a vulnerabilidade da zona exclusiva, o combate ao tráfico de drogas, dos seres humanos e a lavagem de capitais como novos desafios para o trabalho da Polícia Judiciária (PJ).

 Joana Rosa fez estas considerações à imprensa, no âmbito do encontro que manteve com as chefias da PJ para o balanço das atividades e definir estratégias de combate ao crime organizado transnacional.

 Face aos novos desafios, a governante apontou as drogas sintéticas como uma preocupação iminente devido ao problema de saúde que provocam nos jovens e por colocar em causa a “própria democracia”.

 “Hoje, a discussão é diferente daquilo que se fazia há um ano. Hoje colocamos na agenda a questão que tem a ver com as drogas sintéticas e a preocupação do mundo face às drogas sintéticas bem o problema tem causado a juventude”, disse, sustentando que todas as perspectivas estão sobre a mesa para discussão.

 No encontro, segundo realçou, participam especialistas que vão falar sobre as drogas sintéticas, tráfico de seres humanos, lavagem de capitais, para que toda a chefia da PJ esteja ciente dos novos desafios e dos mecanismos a implementar.

 “A Polícia Judiciária, enquanto polícia científica, tem a obrigação de trabalhar em investigação, prevenir, mas também trabalhar e contribuir para que o Ministério Público possa exercer a sua função enquanto titular da ação penal para punição dos traficantes de drogas e de seres humanos”, ressaltou.

Para além destas vertentes a serem trabalhadas, Joana Rosa avançou sobre a necessidade de se discutir os meios, se são suficientes face a novos métodos de criminalidade, exemplificando como uma delas o cibercrime visto que, conforme disse, já se traficam armas, drogas e outros produtos ilícitos via encomenda postal.

No que respeita ao armamento da população, defendeu que o debate vai ter de analisar o papel da PJ, alegando que nesta questão a intervenção será no sentido que o país venha a ter uma população sem armas.

“No ano passado recrutamos 36 novos inspectores, estamos a equipar a Polícia Científica de laboratórios novos, participamos recentemente na Assembleia-geral da Interpol, que temos uma célula aqui em Cabo Verde, para que possamos estar alinhados não só em novos métodos, em novas criminalidades, mas também nas metodologias de combate”, precisou.

Questionada sobre as reclamações da PJ quanto aos estatutos e o PCFR, a ministra sublinhou que houve consensualização e que o que falta são os procedimentos legais ao nível do Governo para aprovação em sede do Conselho de Ministros.

 “A PJ é uma polícia científica e técnica que tem que estar muito bem preparada. Logo, o salário também tem que corresponder àquilo que é o nível de exigência, de responsabilidade e de riscos associados”, frisou.

Ainda sobre os desafios, afirmou que o país não tem meios para trabalhar a vigilância a nível dos mares, mas avançou que conta com o apoio da Cooperação Internacional dos Estados Unidos e da MAOC, uma organização sediada em Portugal, e de vários países europeus, no combate ao tráfico de drogas no mar de Cabo Verde.

PC/AA

Inforpress/Fim

 

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