Mindelo, 14 Mar (Inforpress) – O sindicalista Tomás de Aquino foi efectivado como presidente da União dos Sindicatos de São Vicente (USV) e tem como um dos objectivos do seu mandato a organização e internacionalização dos sindicatos.
A decisão saiu de uma eleição realizada na quinta-feira, 13, no Mindelo, e na qual o sindicalista, que liderava a união interinamente, foi escolhido por 48 dos 50 delegados presentes e em representação de sindicatos como Simetec, Sics, Sintap e Sindprof.
Segundo Tomás Aquino, a sua candidatura, sem concorrência, versa sobre a organização quando se vive actualmente, no país, uma “grande turbulência” na actividade sindical.
“Melhor dizendo, há uma grande bagunça a nível nacional em relação ao exercício da actividade sindical. E nós da União dos Sindicatos de São Vicente temos trabalhado no sentido de manter os valores fundamentais da unidade, solidariedade a bem dos trabalhadores”, sublinhou.
Outras das metas é trabalhar para resgatar o espaço físico, em São Vicente, de onde, criticou, foram “despejados abusivamente” há cerca de três anos, com o processo ainda a decorrer os seus trâmites no Tribunal da Relação de Barlavento.
“O espaço está fechado e temos dificuldade em trabalhar a bem dos trabalhadores. O espaço foi cedido pelo Governo de Cabo Verde e agora está abusivamente fechado”, lamentou, sem mencionar a celeuma entre a USV e a secretária-geral da União Nacional dos Trabalhadores Cabo-verdianos (UNTC-CS) que levou a tal desfecho.
Questionado, Tomás de Aquino admitiu que a postura de Joaquina Almeida tem condicionado a intervenção dos sindicatos não só em São Vicente, como em todo o país, tendo em conta que o objectivo desta é “desorganizar” a actividade sindical.
Algo que, assegurou, os sindicalistas da USV “não vão deixar que aconteça”.
Entre outros desafios apontados, a mesma fonte realçou a necessidade de formação dos dirigentes e ainda a internacionalização dos sindicatos da ilha que precisam estar filiados em organizações internacionais a fim de ajudar a melhorar a sua actuação.
Além da eleição, a reunião serviu ainda para uma avaliação à situação laboral no País, que Tomás de Aquino considerou não estar nas melhores condições devido a diversos factores, entre estes a falta de actualização salarial e reposição do poder de compra dos cabo-verdianos.
A USV é composta por 70 delegados de Simetec, Sics, Sintap e Sindprof.
LN/ZS
Inforpress/Fim
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