
Porto Novo, 10 Dez (Inforpress) – Santo Antão recebe nos próximos três anos dois projectos ligados à conservação da floresta endémica nos parques naturais do Topo de Coroa, Cova/Ribeira da Torre/Paul e dos Moroços, numa iniciativa da associação Terrimar – Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.
Trata-se dos projectos “Expandindo redes e acções para a conservação das árvores endémicas” e “Promoção da conservação participativa de plantas endémicas” que vão ser apresentados na quinta-feira, 11, às comunidades dos parques naturais de Cova/Ribeira da Torre/Paul e dos Moroços, no Planalto Leste.
A directora executiva desta organização não-governamental, Silvana Roque, explicou que a Terrimar espera com estes dois projectos fazer de Santo Antão, nos próximos três anos, “uma referência nacional” em matéria de conservação ambiental, “garantindo um futuro sustentável para as comunidades” da ilha.
“A nossa visão é ter Santo Antão como referência nacional de conservação ambiental, garantindo um futuro sustentável para as comunidades”, sublinhou a representante da Terrimar, uma organização não-governamental que tem actuado na conservação do ambiente nesta ilha.
Ao longo desses anos, a Terrimar promete desenvolver “um trabalho de excelência” na conservação do ambiente, através de uma participação participativa e inclusiva das comunidades nessas áreas protegidas.
O projecto “Expandindo redes e acções para a conservação das árvores endémicas” tem o financiamento da Fundação Franklinia (Fauna e Flora) e tem como área de actuação o Parque Natural do Topo de Coroa, no Planalto Norte.
Este projecto, que tem como espécies alvo o dragoeiro e o marmulano, prevê, entre outras actividades, reactivar campo de forragem do Planalto Norte, elaborar um plano de pastoreio sustentável no parque do Topo de Coroa, apoiar a criação de uma rede de conservação de árvores, o mapeamento dos habitats, a recolha de sementes e a plantação.
O projecto “Promoção da conservação participativa de plantas endémicas” tem o financiamento do ‘Critical Ecosystem Partnership Fund’ (CEPF) e vai actuar nos parques naturais de Cova/Ribeira da Torre/Paul e dos Moroços, ambos no Planalto Leste de Santo Antão.
Vai incidir ainda na conservação de 34 espécies, dos quais 13 são exclusivos de Santo Antão.
Este projecto pretende elaborar um inventário das plantas endémicas em Santo Antão, actualizar a lista vermelha para as 13 espécies restritas desta ilha, a remoção das espécies invasoras nesses parques e a criação de um viveiro de plantas endémicas para a reflorestação das áreas por restaurar.
No âmbito deste projecto, prevê-se ainda a criação de um comité comunitário, à semelhança do que se verificou no parque do Topo de Coroa.
A Terrimar, que desenvolve acções nos três municípios de Santo Antão, tem como áreas de actuação a conservação de plantas endémicas, a educação e sensibilização ambiental, a conservação das tartarugas marinhas e conservação das áreas marinhas.
JM/AA
Inforpress/Fim
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