São Vicente: Moradores de Chã de Alecrim pedem retirada de contentores que representam “perigo” para saúde pública

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São Vicente: Moradores de Chã de Alecrim pedem retirada de contentores que representam “perigo” para saúde pública
08/07/24 - 02:49 am

*** Por Letícia Neves, da Agência Inforpress***

Mindelo, 08 Jul (Inforpress) – Os moradores da zona de Chã de Alecrim, descontentes com o serviço de saneamento da Câmara Municipal de São Vicente, querem a retirada de contentores de lixo que consideram ser um “perigo” para a saúde pública.

O incómodo, manifestado à Inforpress por esses moradores, refere-se a equipamentos de recolha de lixo colocados atrás do polivalente da zona e junto à sede do clube Falcões do Norte e que também se situam nas proximidades da Escola Padre Cristiano Rodrigues e do centro de saúde.

Segundo os mesmos, a situação está a tornar-se “caótica” já que são várias as vezes que os contentores se encontram a transbordar pelas costuras e com detritos espalhados até no meio da estrada.

“É um autêntico abuso dos funcionários da câmara municipal, porque o serviço de recolha tem sido muito deficiente e ainda mais aos fins-de-semana”, explicou Hernâni Monteiro, adiantando que, antes, as cenas de lixo no chão poderiam até acontecer, mas muito raramente.

Entretanto, conforme a mesma fonte, tudo piorou quando a edilidade decidiu retirar contentores de um outro ponto de recolha, situado junto a um supermercado recém-inaugurado, mas não aumentou o número no referido ponto, que agora tem de dar resposta a uma demanda maior da zona e de outras zonas próximas.

Daí, o posicionamento do presidente do “Falcões do Norte”, José Dias, de que os contentores devem ser retirados do local e colocados em outro lugar até para garantir melhor segurança alimentar do bar que mantém na sede do clube.

“Acredito que a melhor solução seria a sua retirada, porque a sua gestão está a tornar-se complicada, para além do lixo espalhado à frente do clube, também temos a questão de moscas e mosquitos, cães e ainda pessoas que vasculham e espalham as bolsas no chão à procura de alimentos”, elucidou.

O morador Daniel Pereira vai mais além e coloca o problema como um assunto de saúde pública que, asseverou, está em “perigo” por esses equipamentos de saneamento estarem situados também junto a uma escola e um centro de saúde e por os caixotes deitados no meio da estrada obrigarem condutores a desviarem-se, com possibilidade até de acontecer um acidente de viação.

“Além destes contentores estarem mal colocados, também são muito poucos para toda a população. Pior ainda é que o serviço da câmara municipal demora muito e até já chegamos a ficar mais de 24 horas sem qualquer recolha”, sustentou a mesma fonte.

Por isso, Daniel Pereira pede uma “solução rápida”, preferencialmente a retirada ou, então, um reforço com uma caçamba que poderia dar melhor resposta à crescente demanda.

Abordado pela Inforpress, o vereador do Pelouro do Saneamento da Câmara Municipal de São Vicente, José Carlos da Luz, admitiu que os contentores podem até não estar no melhor lugar e, por isso, solicitou aos moradores que se reúnem e apresentem uma alternativa à edilidade.

Quanto ao pedido de reforço dos equipamentos, o autarca asseverou que estão a ser envidados esforços para a colocação de novos contentores, mas descarta a possibilidade de uma caçamba porque, como disse, as experiências vividas em outras zonas mostram que estas têm sido usadas até como depósito para animais mortos.

Questionado ainda sobre a demora de recolha de lixo, até por períodos superiores a 24 horas, o vereador justificou o atraso com avarias nos veículos e com falta de peças que não são encontradas no País.

Por outro lado, assegurou que a câmara municipal se encontra, neste momento, no processo de aquisição de novas viaturas e outros equipamentos de saneamento, mas que registam algum atraso na chegada “devido aos constrangimentos relacionados com as guerras internacionais”.

“Estamos a tentar fazer a nossa parte, mas pedimos a colaboração da população para também evitarem colocar os lixos no chão e esperarem pelo serviço de recolha domiciliária que acontece diariamente”, exortou José Carlos da Luz, adiantando que também vão ser colocados fiscais para controlar a questão da vandalização do lixo, tanto por cães, como por pessoas.

LN/HF

Inforpress/Fim

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