Mindelo, 19 Set (Inforpress) – Cabo Verde só será um país “desenvolvido de facto” a médio prazo se conseguir juntar a capacidade da diáspora com a capacidade residente, como o exemplo do cabo-verdiano Luís Rodrigues, um dos investidores do projecto Nortuna.
O elogio do ministro do Mar foi feito na manhã de hoje quando visitava, pela primeira vez nesta condição, as instalações do laboratório e dos estaleiros do projecto Industrial para aquicultura e processamento do atum rabilho do Atlântico, na praia do Flamengo, em São Vicente.
“Este é um exemplo para a nossa diáspora cabo-verdiana para investir”, insistiu Jorge Santos, numa alusão ao vice-presidente para Cabo Verde da empresa Nortuna, que viveu toda a sua vida na Noruega e que, agora, de regresso a Cabo Verde, envolveu “toda a sua família, esposa, filho e netos” no projecto.
Jorge Santos, que é também ministro das Comunidades, referia-se à “potencial da diáspora e o desenvolvimento”, simbolizado por Luís Rodrigues, um técnico que, conjuntamente com os responsáveis noruegueses, “está a produzir conhecimento”.
“Ou seja, se nós agregarmos a capacidade humana que nós temos a nível internacional para a promoção empresarial, Cabo Verde terá um potencial grande de crescimento”, aludiu o titular da pasta do Mar.
“E só seremos um país desenvolvido de facto a médio prazo se nós conseguirmos juntar essa capacidade da diáspora com a capacidade aqui residente e conhecer também os meandros e o conhecimento internacional que está disponível e a tecnologia que é produzida aqui”, finalizou.
O empresário Luís Rodrigues, por seu lado, explicou que a sua intenção e o objectivo primeiro é promover Cabo Verde no processo da aquacultura para ter “um futuro excepcional”.
“Não é fácil iniciar um projecto do tipo aqui, mas não o foi também na Noruega, quando iniciaram há 50 anos na aquicultura do salmão”, precisou Rodrigues.
O vice-presidente da Nortuna Cabo Verde sublinhou que o essencial é liderar e avançar com a ajuda, por exemplo, do Ministério do Mar, de todas as entidades em Cabo Verde.
“E estamos a fazer progressos, pois viemos para ficar”, finalizou Luís Rodrigues.
Em Março de 2021, o então ministro da Economia Marítima, Paulo Veiga, assinou com a Nortuna um acordo de parceria no âmbito da implementação do projeto, e que o declarava de “excepcional interesse” no quadro da estratégia de desenvolvimento socioeconómico do país.
Isto tendo em conta “o impacto que terá na criação de emprego, formação profissional e o aumento quantitativo e qualitativo da economia nacional”.
A aquicultura ou aquacultura é o ramo da Zootecnia que estuda a produção racional de organismos aquáticos, como peixes, moluscos, crustáceos, anfíbios, répteis e plantas aquáticas para uso do homem. Os peixes de aquacultura são alimentados de ração.
AA/CP
Inforpress/Fim
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