Sony Music France e Sony Music Publishing adquirem Lusafrica e Africa Nostra

Paris, 02 Jul (Inforpress) - A Sony Music France e a Sony Music Publishing France anunciaram hoje, em Paris, a aquisição da Lusafrica e da Africa Nostra, duas editoras voltadas para a promoção da música africana e lusófona.  

Fundada em 1988 por José da Silva, a Lusafrica consolidou-se como um selo independente, desempenhando um papel crucial na divulgação internacional de artistas lusófonos e africanos. Em 2000, surgiu a editora Africa Nostra, cujo catálogo coincide, em cerca de 75%, com o da Lusafrica. Juntas, as editoras somam atualmente mais de 4.000 títulos.

Entre os ativos adquiridos, destacam-se toda a discografia de Cesária Évora, incluindo sucessos internacionais como “Petit Pays”, “Sodade” e “Béssame Mucho”, bem como todos os álbuns do artista latino-americano Polo Montañez.

Segundo a Sony, a aquisição visa abrir novas oportunidades de mercado, ampliar audiências e valorizar catálogos que têm vindo a crescer nos Estados Unidos, em França e na América Latina.

A empresa pretende potenciar sinergias entre as suas entidades para promover os artistas e as suas obras, contribuindo para a riqueza da cena musical global.

Marie-Anne Robert, presidente da Sony Music France, sublinhou que a integração da Lusafrica representa o compromisso da empresa de preservar e desenvolver o seu legado, criando pontes entre mercados e gerações.

“A nossa experiência no desenvolvimento de audiências internacionais permitirá que ouvintes do mundo inteiro descubram ou redescubram este tesouro essencial da world music”, garantiu.

Por sua vez, José da Silva considerou a transferência do catálogo um passo acertado.

“Já não tenho a energia necessária para acompanhar a Lusafrica e a Africa Nostra como gostaria”, afirmou, acrescentando que a Sony é o “parceiro ideal” para dar continuidade à missão da editora, com a qual mantém colaboração há mais de 20 anos.

A Sony Music Publishing France também enfatizou o potencial da Africa Nostra.

O presidente Antonie Dathanat referiu que o catálogo editorial é “rico e possui um enorme potencial de reinterpretação entre novas gerações”, permitindo apresentar clássicos intemporais a um público global.

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