Cidade da Praia, 08 Out (Inforpress) – O presidente do Siprofis, Abraão Borges, pediu hoje, na cidade da Praia, o apoio dos parlamentares do PAICV em defesa dos professores cabo-verdianos de “forma clara e com evidências concretas”.
O presidente do Sindicato dos Professores da ilha de Santiago (Siprofis) fez o pedido em declarações à imprensa, à margem de uma reunião com o grupo parlamentar do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), no âmbito da primeira sessão parlamentar de Outubro que arranca esta quarta-feira, 09.
Segundo o sindicato este é o momento para discutir a questão do novo Plano de Carreiras de Funções e Remunerações para os professores, relativamente ao salário que o mesmo considera ser um ganho “imediato”.
“É algo que se pode dizer até que não é totalmente aceitável, mas consideramos que este é o momento de pararmos e pensarmos que o objectivo do sindicato não é somente a questão salarial”, frisou o sindicalista.
Borges apontou ainda que o objectivo do sindicato prende-se com a questão do desenvolvimento na carreira, que faz com que os professores mudem do nível 1 para o nível 2 com um incremento salarial de dois mil escudos.
“Pensamos que isso é irrisório, quando no passado, os professores mudavam de nível, ou progrediram, o incremento salarial era de cinco mil escudos ou mais”, acrescentou.
Declarou ainda que se é para melhorar é preferível que seja pelo menos “em seis ou sete mil escudos”.
Por outro lado, questionado sobre o ano lectivo que iniciou com falta de professores para leccionar, Abraão Borges, disse que não se pode ter turmas sem professores, pois fere os direitos humanos e chamou atenção para a necessidade de um planeamento eficaz para o início do ano lectivo.
Este sindicalista destacou a disparidade salarial ao mencionar o aumento proposto para professores sem formação, que passaria de 28.000 escudos para 55.000 escudos, contestando o salário dos professores que possuem formação pelo antigo Instituto Pedagógico, exigindo uma tabela salarial “clara” que contempla todos os níveis de formação.
Abraão Borges finalizou dizendo que o sindicato busca um salário de 107.000 escudos, mas que a proposta actual de 91.000 escudos ainda precisa ser discutida, e que se não houver uma proposta sólida, não vão aceitar o PCFR.
JBR/HF
Inforpress/Fim
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