São Filipe, 10 Jul (Inforpress) – O projecto de requalificação de Salinas e da construção do novo arrastadouro, socializado na quarta-feira, 09, vai ao encontro do master plano desenvolvido pela câmara de São Filipe, disse Nuías Silva.
O presidente da Câmara Municipal de São Filipe, Nuías Silva, expressou a sua satisfação com o progresso do projecto de requalificação de Salinas, uma iniciativa que visa transformar toda a zona costeira e marítima de Salinas através de promoção de melhorias “significativas” na infraestrutura, no turismo e actividades pesqueiras.
Na socialização do projecto do novo arrastadouro, Nuías Silva destacou que o master plano desenvolvido pela câmara apresenta uma visão abrangente, que inclui a asfaltagem de estradas requalificação da área pedonal, arrastadouro, espaços de lazer, comércio, além de melhorias na parte marítima, como o novo arrastadouro e zonas balneares.
O projecto, acrescentou, contempla a ampliação da estrada, instalação de sistemas de drenagem e medidas de segurança com o objectivo de integrar toda a área de Salinas.
O investimento total estimado para a requalificação e transformar o espaço numa “nova Salinas” é de aproximadamente 150 mil contos, sendo que cerca de 67 mil contos se destinam às obras marítimas, incluindo o arrastadouro, enquanto a rede viária e acessos representam aproximadamente 43 mil contos.
A câmara, segundo o seu presidente, entrará com uma parcela de cerca de 50 mil contos que será complementada por recursos do Fundo do Turismo, através do Programa Operacional do Turismo (POT), e de outros financiadores.
O projecto do novo arrastadouro está a ser elaborado com base em estudos detalhados, incluindo análises de marés, riscos de inundações e riscos sísmicos, garantindo a segurança e durabilidade das obras.
A proposta foi considerada pelo edil de São Filipe de arrojada e visa garantir uma infraestrutura com vida útil de pelo menos 50 anos, atendendo às necessidades dos pescadores, turistas e da comunidade local.
Segundo o mesmo, apesar dos riscos inerentes às construções marítimas, a engenharia aplicada ao serviço do homem visa garantir a durabilidade e segurança das obras, e lembrou que parte da construção será edificada em terra e depois colocada no mar.
Além das melhorias físicas, o projecto prevê a criação de áreas de diversão, com palco e espaços para espetáculos, bem como zonas de suporte às actividades náuticas, turísticas e de restauração, que serão desenvolvidas por empresas privadas.
O presidente da câmara reforçou o compromisso de concluir a obra dentro de um prazo de aproximadamente um ano e sete meses, destacando que a iniciativa é resultado de uma parceria contínua com o Governo desde 2022 e iniciado com a visita do primeiro-ministro a Salinas.
Para Nuías Silva a construção do arrastadouro e da requalificação de Salinas visa dar resposta a uma questão que está pendente com a União Europeia que havia cofinanciado as obras, através de Esdime, mas que não teve sucesso.
Os dois lotes, construção do arrastadouro e requalificação da parte marítima e a asfaltagem de estrada serão posteriormente unificados para transformar toda a zona de Salinas, que inclui um terceiro lote, já executado, que tem a ver com a requalificação do cemitério local.
Com a socialização Nuías Silva espera poder receber o projecto dentro de uma semana, após a introdução dos subsídios recolhidos para submetê-lo aos Ministérios da Agricultura e Ambiente e do Mar para obtenção dos pareceres técnicos e estudo de impacto ambiental antes do lançamento do concurso público, que será em dois lotes, um para obras marítimas e outra para a estrada de acesso.
JR/AA
Inforpress/Fim
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