São Vicente sem manuais escolares a menos de uma semana do arranque do ano lectivo

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São Vicente sem manuais escolares a menos de uma semana do arranque do ano lectivo
09/09/25 - 12:56 pm

Mindelo, 09 Set (Inforpress) – A ilha de São Vicente está sem manuais escolares, do 1.º ao 12.º ano, apesar de o Ministério da Educação ter garantido que os livros até ao 9.º ano já estavam disponíveis em todo o País.

Esta informação foi constatada pela Inforpress numa ronda pelas livrarias e papelarias da ilha, quando falta menos de uma semana para o arranque do ano lectivo 2025/2026, que acontece a 15 de Setembro.

Por exemplo, o gerente da papelaria Inak, Carlos Brito, que fica próxima à Praça Dr. Regala, informou que a Fundação Cabo-verdiana de Acção Social Escolar (Ficase) ainda não enviou os livros pelo que o stock da livraria se esgotou em pouco tempo.

Na livraria Terra Nova, na Rua Frantz Fanon, reportaram que “já não há manuais à venda porque os poucos que estavam disponíveis foram vendidos”.

À semelhança de Terra Nova, na Livraria Pax, na Avenida 12 de Setembro, também já não tem livros disponíveis à venda.

Na sede dos Correios de Cabo Verde, em São Vicente, na   Rua Cristiano de Sena Barcelos, informaram que ainda estão à espera que a Ficase envie os manuais para que possam disponibilizá-los à população.

No entanto, no sábado, o Ministério da Educação assegurou que os manuais escolares do 1.º ao 9.º ano de escolaridade já estavam disponíveis, em todo o território nacional, nos postos de venda devidamente credenciados, nomeadamente livrarias, papelarias e Correios de Cabo Verde.

O Ministério da Educação informou ainda que os alunos do 1.º ao 8.º ano, pertencentes às famílias do grupo 1 e 2 do Cadastro Social Único (CSU) terão acesso gratuito aos manuais escolares, através dos kits escolares que serão distribuídos nas escolas, no início do ano lectivo 2025/2026.

Em Agosto, o delegado do Ministério da Educação em São Vicente disse à Inforpress que estão em andamento as démarches para a colocação de cerca de mil professores e 15 mil alunos, desde o 1.º ao 12.º ano de escolaridade.

Jorge da Luz disse ainda que a ilha enfrenta “um grande desafio” para a abertura do ano lectivo tendo em conta os vários estragos verificados nas escolas, causados pelo temporal de 11 de Agosto.

O mesmo confirmou que houve vários estragos nas escolas, desde a invasão das enxurradas no interior, muros caídos e tectos danificados e que a própria delegação enfrenta o mesmo problema de estragos no tecto.

CD/HF

Inforpress/Fim 

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