Mindelo, 10 Jan (Inforpress) – O líder do PAICV em São Vicente, Adilson Graça Jesus, disse hoje que esperava que a postura do partido em viabilizar a mesa da assembleia municipal inspirasse o presidente da câmara municipal na distribuição dos pelouros.
Adilson Graça Jesus, presidente da Comissão Política Regional do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), em São Vicente, falava em conferência de imprensa sobre o adiamento da distribuição dos pelouros por falta de consenso entre o presidente e os autarcas do PAICV.
“Esperávamos que a nossa postura na Assembleia Municipal inspirasse o presidente da câmara no sentido de fazer uma proposta de distribuição de pelouros que observasse a dignidade das forças políticas, as áreas de formação, as competências profissionais de cada vereador e, ainda, integrasse as melhores propostas de todas as forças políticas no projecto de desenvolvimento de São Vicente”, explicou.
Segundo Adilson Graça Jesus a expectativa era que o presidente da câmara fizesse uma distribuição de pelouros que pudesse criar as condições para maximizar e potenciar o desenvolvimento de São Vicente em que a cada vereador fosse dado um pelouro que melhor pudesse desempenhar.
Para o presidente da Comissão Política Regional do PAICV é tempo de inaugurar uma nova forma de fazer política e dar aos cidadãos as respostas que eles anseiam.
“Não podemos ficar fechados aos interesses de determinismos ou caprichos pessoais ou partidários e temos de colocar de lado esses caprichos e o verdadeiro interesse público em prática”, considerou a mesma fonte.
Graça Jesus afirmou que o partido continua a fazer fé de que, na próxima sessão da câmara municipal ou antes dela, possa haver um espírito dialogante por parte do Movimento para a Democracia (MpD) e do presidente da câmara municipal no sentido de se criarem as condições políticas para viabilizar o normal funcionamento da câmara municipal.
Mas, reafirmou, se não for possível, o PAICV vai manter-se na câmara com os seus vereadores e fará o seu papel de fiscalização, irá colaborar, quando for preciso e sancionar quando considerar que as medidas apresentadas não são as melhores para o partido e para o município.
“Será uma postura de fiscalização, de controle, de contribuição, de colaboração, de cooperação, mas sempre de fiscalização. Nós não temos a prerrogativa de gerir a câmara ou de liderar a sua gestão. Nós temos a responsabilidade, que nos foi confiada pelos mindelenses, de trabalhar para São Vicente, mas também de ser um elemento de controle e fiscalização”, esclareceu.
Para o líder local do PAICV, ser vereador é altamente dignificante para quem assume essa função com tranquilidade, espírito de amadurecimento, de compromisso e responsabilidade.
Adilson Graça Jesus esclareceu que o PAICV nunca estabeleceu qualquer acordo com o MpD. O que aconteceu, clarificou, foi apenas um entendimento pontual para viabilizar a assembleia municipal porque outros entendimentos, particularmente com a União Cabo-Verdiana Independente e Democrática (UCID), não foi possível.
“Consideramos que, se em 2020, nós viabilizamos à UCID para ter a presidência da Assembleia Municipal por ter sido a segunda força eleitoral na altura, nas eleições de 2024 nós esperávamos que fosse o contrário, que a UCID viabilizasse a nossa presidência porque, de facto, somos a segunda força político-eleitoral”, disse Adilson Graça Jesus acrescentando que apesar de o PAICV e a UCID terem o mesmo número de mandatos na assembleia, o PAICV tem mais um mandato na câmara municipal do que a UCID.
CD/HF
Inforpress/Fim
Partilhar