São Vicente: Ministro do Mar expectante quanto aos resultados das investigações do Ocean Xplorer

Mindelo, 29 Mar (Inforpress) – O ministro do Mar, Jorge Santos, disse hoje, no Mindelo, que está expectante quanto aos resultados das investigações do Ocean Xplorer, navio explorador da NASA neste momento a nordeste da ilha de Santo Antão.

Jorge Santos teceu estas considerações no regresso de uma visita realizada hoje ao navio, que está em alto mar, tendo a bordo vários cientistas internacionais, de várias nacionalidades, e, ainda, cabo-verdianos.

A escolha da área a nordeste de Santo Antão, foi por essa ser, segundo a mesma fonte, uma zona de “grande riqueza” em termos de diversidade de espécies.

“Estão a fazer uma investigação até mil metros de profundidade, para estudar não só a qualidade das nossas águas, as espécies diferentes, mas também novas espécies que não são conhecidas. E aqui eu posso dizer que as novidades são muitas, porque é a primeira vez que isto acontece, uma expedição a esse nível e a essa profundidade, nesses mares de Cabo Verde”, explicou Jorge Santos.

Daí admitir estar expectante quanto aos resultados da expedição científica que realça o “grande interesse” em Cabo Verde, que faz parte de toda a dinâmica de defesa e suporte de toda a biodiversidade, como um “autêntico santuário”.

“Estamos expectantes para ver quais são os corais, quais são as espécies piscícolas, quais são outras espécies que existem nessa mesma região”, reiterou Jorge Santos, para quem é importante ter esses elementos.

Por outra via, a importância retém-se, acrescentou, ao nível do mapeamento, também incluído na expedição.

Instado sobre reclamações de investigadores nacionais quanto à falta de verbas, o ministro do Mar assegurou que a ideia é evoluir para um modelo de gestão que seja permissível e conseguir fundos, não só nacionais como internacionais, para a investigação.

Para a mesma fonte, é preciso “robustecer” a investigação científica nacional, principalmente, a nível marítimo, considerado como a riqueza do país.

A bordo do navio, Jorge Santos afirmou ter notado um denominador comum entre os cientistas que dizem estar a investigar “num dos pontos mais limpos e menos poluído” do Oceano Atlântico.

“Foi a conclusão que eles chegaram, mas também é uma constatação que nos anima, portanto, ainda estamos longe de ter essa situação que se encontra noutras paragens do nosso oceano, e principalmente à volta do continente africano”, regozijou-se.

O Ocean Xplorer, considerado um dos mais avançados em termos de tecnologias de investigação, encontra-se actualmente em águas cabo-verdianas no âmbito da expedição científica "Missão OceanX e OceanQuest ao redor da África".

A iniciativa colaborativa teve início a 29 de Janeiro em Moroni, Comores, e termina a 09 de Abril em Nice, França.

Em Cabo Verde, a missão colabora com o Instituto do Mar (IMar), a Universidade Técnica do Atlântico (UTA), o Ocean Science Center Mindelo (OSCM) e organizações ambientais locais.

LN/HF

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