
Mindelo, 05 Dez (Inforpress) – A falta de docentes qualificados e a necessidade de certificação internacional dos cursos de formação marítima, encontram-se entre os principais desafios enfrentados pela Universidade Técnica do Atlântico (UTA), informou o reitor hoje, no Mindelo.
João do Monte Duarte fez as considerações à imprensa durante a conferência sobre segurança marítima, realizada em parceria com o Centro Multinacional de Coordenação Marítima da Zona G (CMCM Zona G).
O evento, que reuniu hoje, no Mindelo, várias instituições ligadas ao sector marítimo, assinalou os 50 anos da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e os 06 anos da UTA.
Uma universidade ainda nova, mas com um legado de 42 anos de formação marítima, que vem das suas instituições precedentes, o Centro de Formação Náutica e o Instituto Superior de Engenharias e Ciências do Mar (Ex-Isecmar).
Entretanto, conforme o reitor, enfrenta acualmente “vários desafios” a começar pela necessidade da atracção de mais quadros para docentes.
“Nós sabemos que a formação marítima, nomeadamente dos transportes marítimos, tem exigências que são estabelecidas pelos padrões internacionais e naturalmente para cumprirem com essas exigências existe formação específica”, explicou João do Monte Duarte.
A UTA tem tentado colmatar esta lacuna com parcerias com instituições estrangeiras, nomeadamente a World Maritime University, na Suécia.
Mas, segundo a mesma fonte, este não pode ser feito somente com a universidade, isto é, “tem de haver um forte apoio também do Governo”.
Outro desafio “fundamental” é a questão da acreditação dos cursos ligados aos transportes marítimos, que também possuem exigências de certificação a nível internacional.
“Criam-se novos desafios, porque nem sempre os procedimentos e as expectativas da Agência Reguladora de Ensino Superior como também da Administração Marítima de Cabo Verde estão em sintonia”, sublinhou João Duarte, para quem este é um constrangimento que precisa ser pensado a fim de se definir novas estratégias.
Tudo para, enfatizou o reitor, manter qualidade no ensino da área marítima e que a UTA, em cooperação com o Instituto Marítimo e Portuário (IMP), possa continuar a manter Cabo Verde na lista branca da Organização Marítima Internacional (IMO, sigla em inglês).
LN/ZS
Inforpress/Fim
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