São Vicente/Chuvas: Buscas vão ser suspensas na baía onde foi detectado um “ponto orgânico”

Inicio | Sociedade
São Vicente/Chuvas: Buscas vão ser suspensas na baía onde foi detectado um “ponto orgânico”
01/09/25 - 01:27 pm

Mindelo, 01 Set (Inforpress) – As buscas pelas pessoas desaparecidas e por objectos na baía do Porto Grande, no Mindelo, vão ser suspensas por dois dias para aguardar a melhoria das condições do mar, onde foi detectado um “ponto orgânico”.

A informação foi avançada hoje pela porta-voz do Gabinete de Crise, Vitória Veríssimo, durante a última conferência de imprensa de actualização sobre as acções após a passagem da tempestade Erin, que assolou São Vicente a 11 de Agosto.

Segundo a mesma fonte, o "ponto orgânico" foi identificado por mergulhadores norte-americanos que apoiam a Guarda Costeira cabo-verdiana com equipamentos de hidrografia.

No entanto, ainda não foi possível determinar se a matéria é de origem humana ou animal, devido à grande profundidade e à concentração de lodo no local.

Por esse motivo, avançou Vitória Veríssimo, os trabalhos de mergulho vão ser suspensos por um período de dois dias na expectativa de melhora das condições e permitir uma nova inspecção e a identificação clara do ponto detectado.

No sábado, 30 de Agosto, as autoridades conseguiram remover do mar a última viatura que estava identificada como perdida, além de uma grade contendo botijas de gás.

Relativamente a outros assuntos, Vitória Veríssimo informou que esta segunda-feira começa a mudança das famílias desalojadas dos pontos de acolhimento para as casas cedidas pelas autoridades no Complexo Rozar.

A responsável assegurou que as casas já têm as “condições condignas” com mobiliário, estando a parte eléctrica a ser ultimada pela Electra.

Quanto à limpeza da cidade ainda continua, assim como os trabalhos de conserto das condutas de esgoto, que continuam a correr a céu aberto por diversos pontos da ilha.

O serviço da Protecção Civil tem agendado um encontro marcado terça-feira, 02, com o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, e o ministro da Administração Interna, Paulo Rocha, para actualização de todas as acções implementadas, 21 dias após a passagem da tempestade.

Os estragos causados em São Vicente levaram o Governo a decretar situação de calamidade por seis meses na ilha, bem como em Porto Novo (Santo Antão) e nos dois concelhos de São Nicolau.

Além disso, foi anunciado um plano estratégico de resposta que inclui apoios de emergência às famílias, mas também às actividades económicas, com linhas de crédito com juros bonificados e verbas a fundo perdido, justificando a decisão com o "quadro dramático, excecional".

Para financiar as medidas, serão utilizados os recursos do Fundo Nacional de Emergência, criado em 2019 para responder a catástrofes naturais.

LN/CP

Inforpress/Fim

⁠⁠⁠⁠⁠⁠⁠

Partilhar