
Calheta, 24 Nov (Inforpress) – A Câmara Municipal de São Miguel recebeu hoje 600 mil escudos doados pela Fundação de Chineses Ultramarinos de Cabo Verde destinado a apoiar as acções de recuperação do município após os estragos provocados pelas fortes chuvas.
Diante deste acto, o presidente da Câmara Municipal de São Miguel, Herménio Fernandes, manifestou a sua profunda gratidão pela doação.
Segundo o autarca, as chuvas intensas dos dias 13 e 14, bem como as ocorridas nos dias 23 e 24, causaram danos significativos em infra-estruturas municipais, rede viária, moradias familiares, parcelas agrícolas e obras de correcção torrencial.
Os impactos, conforme ressaltou, estenderam-se também às bacias hidrográficas e a diversas zonas habitacionais, resultando em perdas económicas avultadas, destacando que, apesar da gravidade dos prejuízos, não houve vítimas mortais.
Herménio Fernandes afirmou que, desde as primeiras horas após as chuvas torrenciais, a autarquia tem mobilizado equipas no terreno para repor a normalidade e garantir o funcionamento dos serviços essenciais.
Entre as intervenções em curso, elencou a reconstrução de caminhos vicinais nas zonas de Cantada, Mafafa, Coruja e Mato Dentro, assim como trabalhos de reabilitação em vários jardins infantis, incluindo os de Ribeireta, Chã de Horta, Pedra Cumprido, Pedra Barro e Pilão Cão.
O município está igualmente a recuperar placas desportivas e a intervir em infra-estruturas danificadas pela chuva, como a vedação do Estádio Municipal, parcialmente destruída após um deslizamento de terra registado na madrugada de domingo, que também deixou prejuízos em zonas costeiras, nomeadamente, nas praias de Calhetona e Veneza.
Segundo o edil, o Governo já decretou o estado de calamidade e estão concluídos os levantamentos dos estragos nas comunidades, na rede viária, nos edifícios públicos e nas moradias, assim como de casas totalmente destruídas, cujas famílias passarão a receber acompanhamento prioritário nos próximos dias.
Fernandes destacou que há casos em que a reconstrução exigirá estudos técnicos e mobilização de recursos substanciais, dada a necessidade de garantir infra-estruturas mais resilientes e sustentáveis num contexto de fenómenos extremos associados às mudanças climáticas.
“O que está a acontecer em São Miguel afecta toda a colectividade. Vamos reerguer o município com mais força e firmeza”, declarou.
A região de Santiago Norte foi fortemente afectada por chuvas torrenciais nos dias 13 e 14 de Novembro, que provocaram deslizamentos de terra, enxurradas e danos extensos em vários municípios, incluindo São Miguel.
As precipitações intensas comprometeram estradas, habitações e estruturas agrícolas, levando o Governo a decretar estado de calamidade pública para permitir uma intervenção mais célere e coordenada.
MC/HF
Inforpress/Fim
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