Cidade da Praia, 20 Ago (Inforpress) – Os agricultores da localidade de Godim, no município de São Domingos, denunciaram hoje que o combate às pragas e a escassez de mão-de-obra continuam a ser os maiores obstáculos à produção agrícola.
Depois de um 2024 praticamente perdido, sem milho nem feijão, os agricultores voltam a ver sinais de esperança com o renascer do verde nas plantações.
Contudo, o aparecimento precoce de pragas ameaça, novamente, comprometer as colheitas.
“Estamos a perder muito. Precisamos de apoio no combate às pragas, porque sozinhos não conseguimos”, lamentou a agricultora Gefic Pereira.
Outro desafio que pesa sobre os produtores é a escassez de mão-de-obra, sendo que muitos jovens emigraram, deixando para trás apenas alguns trabalhadores.
“A mão-de-obra está a desaparecer. Propomos pagar dois mil escudos por dia, mas mesmo assim não aparece ninguém. Ficamos poucos para trabalhar a terra”, afirmou um agricultor local.
Silvino Sanchez, outro produtor, partilhou a sua experiência nesta fase de sementeira.
“Graças a Deus já está a chover e o milho nasceu. No ano passado não tivemos nada, tivemos de comprar a semente na cidade da Praia. Este ano conseguimos semear, mas a terra continua dura e as pragas atacam sempre o milho. É uma luta constante”, relatou.
O agricultor reforçou ainda a dificuldade de encontrar trabalhadores disponíveis.
Segundo explicou, o custo mínimo ronda os 1.200 escudos para tarefas específicas, além de alimentação, mas mesmo assim a procura é baixa.
Apesar das dificuldades, os agricultores de Godim mantêm viva a esperança de um bom ano agrícola, e apelaram por mais apoio das autoridades no combate às pragas.
KA/AV//HF
Inforpress/Fim
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