
Ribeira Grande, 04 Dez (Inforpress) – O secretário-permanente do Sindicato Livre dos Trabalhadores de Santo Antão (SLTSA) denunciou hoje o atraso no pagamento dos salários de Novembro aos profissionais do Ministério da Agricultura e Ambiente nas delegações da Ribeira Grande, Paul e Porto Novo.
Em declarações à Inforpress, Carlos Bartolomeu afirmou que os trabalhadores enfrentam “uma situação de grande stress”, agravada pela ausência total de informações por parte dos responsáveis do ministério ao nível central sobre as razões do atraso salarial.
Segundo a mesma fonte, têm sido feitas várias tentativas de contacto com a diretora-geral dos Recursos Humanos do Ministério da Agricultura e Ambiente, bem como com responsáveis locais e regionais, “mas sem qualquer sucesso”.
O sindicalista criticou ainda o que descreve como uma postura de “distanciamento e arrogância” por parte de alguns dirigentes, que, afirmou, adotam uma atitude de “quero, posso e mando”, esquecendo que representam pessoas e devem manter diálogo com as instituições que as representam.
Carlos Bartolomeu alertou para a gravidade da situação, sublinhando que os profissionais têm responsabilidades socioeconómicas inadiáveis, desde alimentação, despesas escolares, rendas de casa, consultas no sector privado e créditos bancários, que não podem ser comprometidas.
“Perante este cenário, o que podem fazer, como gerir tais compromissos”, questionou.
Face ao exposto, Carlos Bartolomeu exigiu a regularização “imediata” dos salários em atraso e apelou ao Ministério da Agricultura e Ambiente para que resolva a situação “com urgência”, permitindo aos trabalhadores cumprir os seus compromissos junto de terceiros.
Contactado pela Inforpress, o delegado do Ministério da Agricultura e Ambiente na Ribeira Grande, Santo Antão, Orlando Delgado, confirmou o atraso no pagamento dos salários, explicando que a situação se deve ao processo de atualização dos dados dos trabalhadores.
Segundo o responsável, vários funcionários que anteriormente tinham contratos precários passaram recentemente a integrar o quadro da Função Pública, passando a auferir um salário superior e a beneficiar de um novo enquadramento administrativo.
“Essa transição exigiu uma atualização completa dos registos, o que causou alguns atrasos no processamento dos vencimentos”, esclareceu.
O delegado garantiu, no entanto, que o processo está em fase final e que a situação “será resolvida o quanto antes”, assegurando que os profissionais receberão os montantes em falta logo que o procedimento administrativo esteja concluído.
LFS/AA
Inforpress/Fim
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