São Filipe, 11 Mar (Inforpress) – Os presidentes das Reservas da Biosfera do Fogo e Maio, Nuías Silva e Miguel, admitiram hoje a necessidade de acelerar o processo de implementação das duas estruturas das reservas.
O presidente da Reserva da Biosfera da ilha do Maio, Miguel Rosa, reconheceu que a implementação da reserva na sua ilha ainda não está na fase que se pretende e há necessidade de acelerar mais, nomeadamente na questão dos planos de acção e de comunicação assim como a efectivação e implementação real de toda a estrutura de organização e de acompanhamento da própria reserva.
“Passos já foram dados e há bem pouco tempo tivemos um encontro dos presidentes das câmaras das duas ilhas com o ministro do Ambiente e a directora Nacional do Ambiente para acertamos e afinarmos as agulhas para que possamos arrancar e para que as pessoas possam sentir que essas regiões são Reservas da Biosfera da Unesco”, disse Miguel Rosa.
Segundo o mesmo, as pessoas pensam que se está a falar de algo romântico e perguntam sempre o que é isso de reserva, acrescentando que as pessoas tinham expectativas e não estão a ver as coisas acontecerem.
Para o presidente da Reserva da Biosfera do Maio, é “mais importante” que se façam as coisas de forma sustentável e segura e que o encontro, o II da Rede das Reservas da CPLP MaB, vai permitir o arranque efectivo dos órgãos e dos planos, lembrando que a Cooperação Portuguesa, através do Fundo do Ambiente tem apoiado a implementação das duas Reservas na questão de disponibilização de especialista e com cofinanciamento para que possam ter os planos de acção e de comunicação.
Já Nuías Silva, presidente em exercício da Reserva da Biosfera da Ilha do Fogo, salientou que a reserva da biosfera da ilha do Fogo está na fase de implementação contanto com apoio da Associação Projecto Vitó, braço técnico da mesma, sublinhando que houve a mobilização de alguns recursos para implementar a reserva na componente de identificação e na comunicação como logotipo e alguns painéis de informação e de comunicação nos municípios de Santa Catarina e Mosteiros.
A ideia, defendeu, é continuar a trabalhar para ter o plano de comunicação e de acção, que está sendo desenvolvido em estreito alinhamento com a Reserva da Biosfera do Maio, esperando que durante o II Encontro da Rede das Reservas da CPLP MaB os drafts desses documentos possam ser apresentados e analisados.
Nuías Silva avançou ainda que a Reserva da Biosfera da Ilha do Fogo está a participar na questão do turismo sustentável da Rede da Reserva da CPLP que, segundo o mesmo, é um programa que está a ser desenvolvido pela Rede junto de todas as reservas, através dos especialistas.
“A Reserva da Biosfera do Fogo, assim como a do Maio, são reservas com enormes potencialidades ligadas à economia azul e verde e podemos orientar e ter projectos sustentáveis que dinamizam e acabam por externalizar as vantagens do selo da reserva”, disse Nuías Silva, para quem a experiência realizada domingo como visita à zona costeira de São Filipe mostra que há um potencial a ser explorado em termos de turismo, por exemplo.
JR/ZS
Inforpress/Fim
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