Cidade da Praia, 19 Jul (Inforpres) – Os trabalhadores da Câmara Municipal da Praia voltam a entrar em greve nos dias 25 e 26 de Julho, informou hoje o Sindicato da Indústria Geral, Alimentação, Construção Civil e Serviços (Siacsa).
Esta informação foi avançada hoje em conferência de imprensa pelo presidente do Sindicato da Indústria Geral, Alimentação, Construção Civil e Serviços (Siacsa) , Gilberto Lima, sublinhando que os trabalhadores da área de saneamento, bem como aqueles que transitaram do aterro sanitário e centro logístico para o Parque 5 de Julho, vão partir para a greve nos dias 25 e 26 do corrente mês.
No mesmo sentido, apontou que os condutores vão partir para greve, estando em causa a falta de meios de protecção, falta de condições de trabalho, bem como a falta de actualização do salário referente a 2024 e do PCFR.
Gilberto Lima referiu que a anterior paralisação teve uma adesão de 90 por cento (%) dos trabalhadores, ao contrário do que tinha “dito o edil praiense, Francisco Carvalho,.
O sindicalista diz estar convencido que a greve vai contar com a adesão em massa dos trabalhadores para manifestarem os seus descontentamentos.
Aquele líder sindical disse, por outro lado, que caso a autarquia da capital a optar por contratação de terceiros para prestação deste tipo de serviços estará a violar a lei, uma vez que não se pode substituir o trabalhador por um outro durante a greve, embora considere que “esta equipa camarária tem vindo a andar à margem das leis”.
Lamentou o facto de o edil praiense não ter estado disponível para dialogar com os sindicatos e não ter aceite certos principios em sede de conselho de concertação com Direcção-geral dos Trabalhos, mas mesmo assim frisou que vão estar cientes e a lutar pelos direitos dos trabalhadores.
Desmarcou do pronunciamento de Francisco Carvalho de que a greve foi montada, tendo em conta o aproximar da campanha autárquica, e prometeu mesmo levar a edilidade ao tribunal para defender os interesses dos trabalhadores, caso a situação se mantiver.
Aquele sindicalista fez saber que a situação dos trabalhadores da Câmara Municipal do Tarrafal, no interior de Santiago, também é preocupante.
Segundo Gilberto Lima, na autarquia do Tarrafal tem havido perseguição política aos trabalhadores simpatizantes de outras forças políticas, apesar de os trabalhadores em questão já terem vencido as suas progressões e promoções na carreira profissional.
Realçou ainda que, apesar do Siacsa já ter reunido com a edilidade para analisarem a questão, mesmo assim a situação ainda permanece, e enquanto isso trabalhadores nem sequer conseguem uma audiência com o edil tarrafalense para expressarem os seus problemas.
Considerou que estas atitudes estão a ter repercussões “graves” junto dos trabalhadores e das suas famílias, alertando que é preciso resolver todas pendências que vêm da equipa camarária anterior.
WN/JMV
Inforpress/Fim
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