Cidade da Praia, 29 Mai (Inforpress) - O presidente do Sindicato dos Professores de Santiago (Siprofis) justificou hoje que não compareceu na assinatura do acordo proposto pelo Governo sobre aumento dos salários, devido a “pouca clareza” nas promoções, reclassificações e transição dos professores.
“Consideramos que certos pontos do acordo são insuficientemente claros e podem comprometer o desenvolvimento da carreira do pessoal docente em Cabo Verde. Pontos específicos inaceitáveis, no que tange, a reclassificação automática de mestres e doutores foi excluída do acordo, ausência de detalhamento nos mecanismos de promoção e de transição dos professores de 5C, 7A e 8ª”, declarou Abraão Borges.
O sindicalista salientou que apesar do compromisso de finalizar a revisão até 30 de junho de 2024, a proposta final omitiu garantias de alocação orçamentária suficiente e deixou incerta a implementação dos novos enquadramentos salariais, a partir de 2025.
Neste particular, o presidente do Siprofis disse que mesmo aceitando um salário inicial de 91 mil escudos, abaixo daquilo que era previsto no valor de 107.471 escudos, afirmou que “não podem abrir mão” de promoções claras e da reclassificação dos professores mestres e doutores.
Abraão Borges afiançou que esses pontos são essenciais para assegurar a valorização justa dos professores, considerando que a proposta enviada pelo Ministério da Educação foi “completamente contrário” àquilo que tinham discutido.
“A proposta final do Governo falhou em atender a essas exigências, tornando o acordo insatisfatório e insuficiente para garantir os direitos dos professores”, afirmou, alertando o Ministério da Educação que sem uma “resolução adequada” os professores poderão lutar novamente e que isto pode comprometer o início do ano lectivo 2024/2025.
“Estamos cientes de que essa decisão pode causar desconforto, mas é uma medida necessária para lutar pelos interesses da nossa classe. O Ministério da Educação terá de se responsabilizar pelas consequências”, frisou o presidente do Siprofis.
Por isso, o sindicalista reafirmou o compromisso de “lutar incansavelmente” pelos direitos e reconhecimentos juntamente com todos os professores.
DG/AA
Inforpress/Fim
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