Janela, 16 de Jul (Inforpress) - O presidente da Câmara Municipal do Paul afirmou hoje estar preocupado com a queda recente do passeio marítimo da praia da Gi, na localidade de Janela, e atribuiu parte da responsabilidade aos efeitos do mar.
Em declarações aos jornalistas, António Aleixo Martins referiu-se também ao comportamento desordenado na extração de areia na localidade como outra causa da derrocada.
“É evidente que os efeitos do mar têm sua parcela de responsabilidade, entre aspas, mas a maior parte do incidente deve-se ao comportamento desordenado de algumas pessoas que extraem areia de forma excessiva e descontrolada na praia da Gi”, concretizou o autarca.
Segundo o edil paulense, a câmara tem feito “esforços contínuos” para conscientizar a comunidade sobre a importância de cuidar da praia, que é um património comum.
No entanto, conforme António Aleixo Martins, “infelizmente nem sempre a mensagem é seguida à risca”, o que contribuiu para o incidente.
Outrossim, o presidente da Câmara Municipal do Paul não descartou eventuais defeitos na construção.
“Não podemos excluir a possibilidade de falhas na estrutura que possam ter contribuído para esse colapso parcial. Estamos aguardando o relatório técnico para uma análise detalhada”, notou.
Quanto às próximas medidas, António Aleixo Martins destacou a “necessidade urgente” de reconstrução do muro, o que, em sua opinião, terá um “custo significativo”.
“É essencial restaurar a segurança na praia o mais rápido possível. Estamos aguardando o relatório completo, que também incluirá um orçamento detalhado das obras necessárias", disse.
Em Agosto de 2022 foi inaugurada a requalificação da praia da Gi.
O projeto, conforme indicou na altura o presidente da Câmara Municipal do Paul visou a requalificação de toda a extensão da praia, contemplando recreio e lazer diferenciados, zonas verdes, espaços capazes de receber diversas atividades culturais e desportivas, além de espaços de promoção económica e turística.
Ainda agregou instrumentos de gestão territorial que a câmara municipal desenvolve com o objectivo de promover o crescimento e o desenvolvimento de forma sustentável e equilibrada.
O projeto, segundo António Aleixo Martins, iria reduzir gradualmente a apanha de areia na localidade, tendo em vista outras iniciativas complementares, como o fomento empresarial, no qual os moradores da praia da Gi poderiam, com a ajuda da edilidade, desenvolver suas ideias de negócio e substituir a apanha de areia.
O autarca paulense disse na altura que há muito tempo tinham constatado que várias vezes as pessoas não extraíam areia por necessidade, mas sim por hábito, visto que muitas que fazem essa prática tem-na como fonte de renda.
Por isso, António Aleixo Martins defendera que a câmara pretendia “limitar”, mas sem o “uso da força”, conscientizar as pessoas sobre esta problemática.
LFS/AA
Inforpress/Fim
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