PR aprecia beleza e força da mulher cabo-verdiana numa exposição sobre “Atlântico Negro”

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PR aprecia beleza e força da mulher cabo-verdiana numa exposição sobre “Atlântico Negro”
10/07/25 - 07:50 pm

Cidade da Praia, 10 Jul (Inforpress) – O Presidente da República visitou esta tarde uma exposição “Atlântico Negro”, patente na residência do embaixador do Brasil, na Praia, para prestigiar e enaltecer esta iniciativa que promove o intercâmbio cultural entre Brasil e Cabo Verde.

Após apreciar esta exposição da beleza e esperança presentes nas vivências das mulheres cabo-verdianas, José Maria Neves, elogiou esta iniciativa, que realça a “força da mulher cabo-verdiana desde as suas origens das ilhas”.

“Vejam que cada quadro consegue transmitir-nos uma mensagem de muita energia, às vezes de algum sofrimento, mas também, às vezes, de muita entrega, de muito amor, de muito carinho”, sublinhou o Chefe do Estado.

A exposição “Atlântico Negro” mostra a dimensão atlântica de Cabo Verde, condição africana e a grandeza deste arquipélago e como é que se pode, sobre estes alicerces, construir um Cabo Verde “próspero e moderno, segundo observou o Alto Magistrado da Nação, destacando a importância que tem esta mostra.

Por outro lado, lamentou que queria “muito” mostrar esta exposição no dia 05 de Julho, aos chefes de Estado que vieram participar nas celebrações do Cinquentenário da Independência Nacional, mas justificou que devido ao programa “intenso” de comemoração não foi possível.

“Mas estamos aqui a visitar para, através desta visita, mostrar toda a extraordinária beleza da mulher cabo-verdiana e como é que Cabo Verde se construiu sobre a força dessa mulher que hoje cria os filhos e abre os caminhos do futuro deste país”, disse.

Para a curadora cabo-verdiana residente em Londres, Erika Silva, esta exposição é uma homenagem às mulheres, que surgiu através de um projecto feito com amor, resiliência e muitas lágrimas, mas com um “sentimento de futuro. É isto que os artistas queriam passar para a comunidade”.

Deixou uma mensagem encorajadora a todas as mulheres cabo-verdianas, salientando que independentemente daquilo que carregam na cabeça, na barriga, nos braços e no seu dia-a-dia, têm o direito de pertencer, de serem chamadas de cabo-verdianas, tanto em Cabo Verde como na diáspora.

Explicou ainda que esta iniciativa é uma forma também de comemorar os 50 anos da independência com conceitos sobre a resiliência, a força e a beleza da mulher cabo-verdiana.

A ideia, no futuro, é levar esta exposição para outros países, incluindo o Brasil, conforme adiantou esta curadora.

Esta segunda edição da exposição “Atlântico Negro” resulta de uma parceria da Embaixada do Brasil com a Presidência da República e propõe uma homenagem à resiliência, beleza e esperança presentes nas vivências das mulheres cabo-verdianas, no quadro das celebrações do Cinquentenário da Independência Nacional.

Estas obras promovem um diálogo entre imagem e palavra, entre nações irmãs, entre tempos históricos. A sua narrativa visual e poética rompe com estereótipos, celebrando a dignidade, a alegria e a força transformadora do feminino como acto de resistência.

O projecto reúne obras dos artistas Cida Lima, do Brasil, e do cabo-verdiano, Amadeu Carvalho.

A iniciativa nasceu de uma residência entre esses dois artistas em jeito de homenagem à história e identidade das mulheres cabo-verdianas.

DG/ZS

Inforpress/Fim

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