Porto Novo, 06 Set (Inforpress) – O projecto Jovens Agricultores da Casa de Meio, no município do Porto Novo, mudou a vida dos beneficiários que acabaram por se fixar na sua própria localidade, assegurou hoje o representante dos lavradores.
Joaquim Lima é um dos 47 jovens beneficiários deste projecto que receberam do Estado parcelas agrícolas, das quais já tiram o sustento para as suas famílias, avançou este jovem agricultor, segundo o qual esta iniciativa está a melhorar a vida desses jovens, que tinham vontade de ter uma parcela agrícola.
“Muitos jovens saíam dessa zona à procura de outras oportunidades em outras ilhas, mas com a distribuição das parcelas, os jovens acabaram por se fixar na sua localidade”, explicou Joaquim Lima, informando que muitos desses jovens já conseguiram construir a sua habitação própria graças ao rendimento que tiram da sua actividade.
Porém, a quantidade de água disponibilizada aos jovens já não atende às necessidades da classe, alertou este agricultor.
Explicou que, diariamente, são disponibilizadas aos agricultores 90 toneladas de água para a irrigação das parcelas, quantidade insuficiente para as necessidades dos quase meia centena de lavradores, contemplados pelo Estado com sete hectares de terra para cultivo.
Os parceiros do projecto, entre os quais o Governo de Cabo Verde, a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), a cooperação portuguesa, a câmara do Porto Novo, têm vindo a destacar o sucesso deste projecto, que foi promovido pela Associação para a Defesa do Património de Mértola, Portugal.
Este projecto contou com o co-financiamento do Governo de Cabo Verde, do Instituto Camões, do Global Environment Facility (GEF) e da ainda da FAO, cujo director-geral, numa recente visita a Porto Novo, destacou este mesmo projecto como sendo um dos mais bem-sucedidos co-financiado por esta organização.
JM/ZS
Inforpress/Fim
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