Porto Novo: Organização ambiental desaconselha uso de moto-quatro nas praias de desova de tartarugas    

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Porto Novo: Organização ambiental desaconselha uso de moto-quatro nas praias de desova de tartarugas      
19/08/24 - 03:45 pm

Porto Novo, 19 Ago (Inforpress) – A Associação Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Terrimar) no Porto Novo desaconselhou hoje o uso de moto-quatro em praias onde tartarugas marinhas desovam, uma prática “extremamente prejudicial” e que “ameaça seriamente a sobrevivência” da espécie.

Esta associação ambiental, através de uma nota a que a Inforpress teve acesso, informou que teve conhecimento do uso desse equipamento em praias onde tartarugas marinhas desovam no concelho do Porto Novo, mostrando-se preocupada com esta prática, que coloca em risco esta espécie em vias de extinção.

“Essas praias são locais sensíveis e críticos para o ciclo de vida das tartarugas marinhas. Quando as motos circulam nesses espaços, o impacto no ecossistema é devastador”, explicou a Terrimar.

Avançou que as moto-quatro podem esmagar os ninhos de tartarugas, causando a morte dos ovos antes mesmo que possam eclodir, explicando ainda que o tráfego de veículos na areia altera o ambiente, podendo estressar as tartarugas fêmeas, que desistem de depositar seus ovos ou acabam desovando em locais inadequados.

“Quando os filhotes emergem dos ninhos, eles são vulneráveis. O tráfego de motos pode desorientá-los, atropelá-los ou esmagá-los antes mesmo de chegarem ao mar”, adiantou esta organização ambiental, que actua na preservação das tartarugas marinhas em Santo Antão.

Para a Terrimar, é fundamental respeitar as áreas de protecção e evitar o uso de veículos motorizados nas praias de desova, considerando que pequenas atitudes podem fazer uma grande diferença na preservação das tartarugas marinhas e na manutenção da biodiversidade do nosso planeta.

Quase 600 ninhos identificados, 792 rastos, 40 fêmeas marcadas, sete fêmeas recapturadas e duas mortes por causas naturais são resultados preliminares da campanha de protecção das tartarugas em Santo Antão, que decorre desde Junho, prolongando-se até Outubro.

JM/AA

Inforpress/Fim 

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