Porto Novo, 04 Ago (Inforpress) – O delegado do Ministério da Agricultura e Ambiente no Porto Novo disse hoje que estão a ser criadas as condições para, internamente, contornar o problema de embargo imposto há 40 anos aos produtos agrícolas de Santo Antão.
Joel Barrosa avançou que os agricultores neste município não têm tido tantas oportunidades em termos de colocação dos seus produtos no mercado nacional devido a um problema administrativo, que tem a ver com o embargo imposto em 1984 aos produtos agrícolas.
Explicou que, para contornar o problema, o Ministério da Agricultura e Ambiente e os seus parceiros têm estado a criar as condições para amenizar os efeitos do embargo, com destaque para a criação de centros pós-colheita nos principais vales agrícolas.
Ribeira da Cruz e Tarrafal de Monte Trigo já dispõe destes tipos de entrepostos agrícolas para tratamento, embalagem e comercialização de produtos, estando em perspectiva a instalação de mais um centro em Alto Mira.
No porto do Porto Novo, está a ser construído um novo centro de expurgo que deve ficar concluído ainda em 2024.
A nível nacional, segundo Joel Barros, o Governo tem dado passos para o levantamento do embargo, que restringe a exportação dos produtos agrícolas de Santo Antão para as outras ilhas.
Os excedentes desta ilha só podem ser escoados para os mercados turísticos da Boa Vista e Sal, para onde foram exportadas 57 toneladas de produtos agrícolas diversos durante o primeiro semestre deste ano.
Em 2023 foram exportadas para as duas ilhas turísticas 118 toneladas de produtos agrícolas.
JM/CP
Inforpress/Fim
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