Porto Novo, 08 Out (Inforpress) – A presidente da associação comunitária do Monte Trigo, Porto Novo, em Santo Antão, Maria Miranda, exortou hoje a delegacia de saúde deste município a retomar a visita de médicos a essa comunidade isolada.
“A população do Monte Trigo quer que seja resolvido este problema. Nós cremos é que os serviços de saúde encontrem forma de retomar a visita de médicos a Monte Trigo, cuja população está abandona”, notou a representante da comunidade.
Maria Miranda, que reagia às recentes declarações do delegado de Saúde do Porto Novo, Carlos Dias, de que a ausência de médicos em Monte Trigo se prende com questões de segurança e de logística, alertou para a situação dos acamados e dos idosos que não conseguem deslocar-se a Tarrafal, cuja viagem feita de botes custa cinco mil escudos.
Carlos Dias, falando à imprensa, mostrou-se preocupado com a situação do Monte Trigo, lembrando que, há um ano, fez uma proposta ao Ministério da Saúde, sobre a forma de contornar essa situação.
“Estamos preocupados com a população do Monte Trigo. Por isso, fizemos uma explanação para as estruturas centrais, propondo a criação de uma rubrica para custear as deslocações e alojamentos, já que a delegacia de saúde não tem condições”, avançou.
O delegado de saúde explica que quando se fala do Monte Trigo coloca-se a questão de segurança e logística, já que a deslocação é feita via marítima, através de embarcações de boca aberta e não há cais de desembarque e embarque.
Este responsável disse que a proposta feita ao Ministério da Saúde, com conhecimento da edilidade porto-novense, visa melhorar as condições de segurança, com embarcações com dois manobradores e com coletes de salva-vida, além de um seguro de vida para a equipa médica.
O delegado de Saúde do Porto Novo disse que enquanto não forem criadas essas condições e atendidas as preocupações dos profissionais sobre a segurança não tem como os médicos se deslocarem a Monte Trigo.
JM/CP
Inforpress/Fim
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