
Porto Novo, 11 Nov (Inforpress) – O sector do PAICV do Porto Novo, em Santo Antão, disse hoje que a actual equipa camarária, suportada por este partido, está a ter “uma tarefa árdua” de resolver os problemas herdados da anterior gestão.
Em nota de imprensa enviada à Inforpress, o sector do Partido Africano da Independência de Cabo Verde do Porto Novo enalteceu os “resultados positivos” conseguidos pelo actual executivo camarário neste quase um ano de mandato, negando que a edilidade tenha falhado nesses primeiros meses de gestão.
A nota do PAICV surge em resposta ao "balanço" que o Movimento para a Democracia (MpD) fez desses primeiros meses da autarquia, considerando que a actual gestão camarária está a ser “um falhanço total, com os piores resultados em todo o país”.
“Onde o MpD afirma ver falhanço, nós evidenciamos a árdua tarefa de sanear a herança pesada e envenenada recebida”, disse o PAICV, informando que o novo executivo e a sua presidente encontraram, em Dezembro de 2024, uma câmara municipal “técnica e financeiramente falida”, além de “desacreditada perante credores e parceiros”.
Ao contrário da actual equipa, a câmara municipal suportada pelo MpD preferiu “resultados de manter trabalhadores do saneamento a receber 9.280 escudos mensais e fora do sistema de previdência social", rematou.
“Foram os resultados de desviar os recursos do povo para mordomias de alguns, enquanto as populações do interior eram sistematicamente abandonadas”, sublinhou a nota do PAICV Porto Novo, exortando o líder local do MpD a perguntar às populações rurais “sobre quem os tem, verdadeiramente, acudido neste ano difícil”, marcado pelo mau ano agrícola.
Para o sector do PAICV do Porto Novo, “a equipa liderada por Elisa Pinheiro inspira confiança e seriedade”, sendo esta “a razão fundamental que os parceiros e a sociedade civil se colocam hoje ao lado do município, prontos para cooperar e ajudar”, avançou.
Este cenário, segundo a mesma fonte, testemunha “um contraste gritante com o passado recente, marcado pela desconfiança generalizada em torno da instituição”.
Para este partido, o desempenho da actual gestão “poderia ser outro, sem dúvida, se a equipa cessante não tivesse endividado o município de forma tão irresponsável e se determinados vereadores e o presidente anterior não tivessem dilapidado o erário público”.
“Se tivesse saldado as dívidas aos fornecedores locais e se os valores dos empréstimos bancários tivessem tido o destino público que era suposto”, notou a mesma fonte, pedindo ao líder local do MpD e deputado nacional a "exigir do Governo os meios e a ajuda que Porto Novo urgentemente necessita e merece”.
Segundo a mesma fonte, o actual coordenador do MpD e parlamentar devia “empenhar-se na mobilização de fundos de emergência para apoiar os nossos agricultores e os criadores” em vez de “desperdiçar o seu tempo em tentativas de desinformar os cidadãos menos atentos”.
O sector do PAICV entende ainda que o líder local do MpD está “desorientado, cansado e desnorteado”, deixando “a mensagem clara” de que "a era em que a câmara municipal funcionava como uma estrutura do partido no poder" terminou.
“Hoje, a câmara municipal é do Povo. A sua gestão assenta no rigor, na transparência e na dedicação incondicional às pessoas”, concluiu.
JM/ZS
Inforpress/Fim
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