Porto Novo: Apenas sete dos 160 criadores de gado conseguiram até agora confinar os animais no Planalto Norte

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Porto Novo: Apenas sete dos 160 criadores de gado conseguiram até agora confinar os animais no Planalto Norte
06/08/25 - 03:21 pm

Porto Novo, 06 Ago (Inforpress) – O porta-voz dos criadores de gado no Planalto Norte, no Porto Novo, Santo Antão, Maduino Lima, disse hoje que apenas sete dos 160 criadores de gado naquele planalto conseguiram, até agora, confinar o seu efectivo.

Maduino Lima avançou à Inforpress que são necessários investimentos para a construção de currais para o confinamento das oito mil cabeças de gado, que deambulam nesse planalto.

Este criador informou que os sete criadores, que conseguiram confinar os animais, enfrentam dificuldades a nível do transporte de água para os currais, pelo que, pedem o apoio do Governo na resolução deste problema.

O processo de confinamento do gado no Planalto Norte insere-se no âmbito do projecto de protecção do parque natural do Topo de Coroa, que se situa nesse planalto, cuja biodiversidade endémica tem sido ameaçada pelo pastoreio livre.  

O criador de gado Marciano Guilherme explicou à Inforpress que a classe já tem consciência da ameaça que o pastoreio livre tem representado para a biodiversidade endémica no parque natural do Topo de Coroa, mas defendeu a necessidade de o Governo os ajudar na construção de currais para o confinamento dos animais.

A Terrimar, uma associação de cariz ambiental que tem estado a actuar na protecção das espécies endémicas no parque natural de Topo de Coroa, defendeu, recentemente, “uma intervenção de grande porte” nessa área protegida, propondo, sobretudo, a construção de currais para confinar o efectivo pecuário.

A directora executiva da Terrimar, Silvana Roque, realçou o facto de os criadores estarem sensibilizados em relação ao confinamento, defendendo que é preciso investir na resolução do problema de pastoreio livre, que passa pela construção de currais.

O parque natural do Tope de Coroa, com uma extensão de 85 quilómetros quadrados (km2), dispõe de 61 por cento (%) de espécies de plantas endémicas de Cabo Verde, muitos dos quais na lista de espécies em vias de extinção devido ao pastoreio livre.

JM/HF

Inforpress/Fim


 

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