Polícia Judiciária capacita profissionais na área de inteligência marítima

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Polícia Judiciária capacita profissionais na área de inteligência marítima
14/06/24 - 03:37 pm

Cidade da Praia, 14 Jun (Inforpress) - A Polícia Judiciária encerrou hoje uma acção de capacitação em inteligência marítima, na Praia, materializada no quadro do reforço das capacidades nas intervenções referentes ao combate à criminalidade organizada transnacional com especial enfoque nas operações marítimas e portuárias.

Direccionada às instituições que actuam directamente no campo da inteligência e segurança marítima como a Polícia Judiciária, a Polícia Nacional, a Guarda Costeira, a Polícia Marítima, a Alfândega, a Enapor de entre outras instituições com o mesmo interesse, a formação debruçou-se ainda sobre em temas como o critério da análise de riscos nas operações potencialmente envolvidas em tráficos de drogas marítimas.

Em cerimónia de encerramento oficial do curso, o director nacional da PJ, enalteceu a excelência da união entre instituições diversas nacionais e organismos internacionais à mesma causa, visando alcançar objectivos fundamentais no combate à criminalidade organizada.

Manuel Livramento da Lomba considerou tratar-se de uma formação “muito importante” para os mares e a segurança de Cabo Verde, ressalvando que a economia marítima se afigura de uma importância enorme para o arquipélago, “enquanto a fonte de alimentação para todos e de turismo, face à situação geográfica localidade no Atlântico, com vantagem e desvantagem”.

A segurança do país está em primeiro lugar, afiançou, referindo que a PJ está sempre disponível em termos de colaboração, do diálogo, para fazer das dificuldades desafios vencidos, para que tudo decorra da melhor forma no combate a criminalidade e no monitoramento aos mares em melhores condições para que o país seja livre de qualquer ameaça externa.

Tráfico de pessoas e de armas, contrabando de imigrantes, tráfico de munições foram ainda apontados pelo responsável da polícia científica como acções a serem combatidas não só nos portos, mas também por todos os lugares aproveitados para transbordos dos ilícitos.

O formador, por sua vez, enalteceu a qualidade e o empenho dos recém-formados que terminaram com uma média de 18,2 valores, o que para o coordenador regional para a África do Oeste do SEACOP VI, Laurent Rinjonneau, vai ao encontro dos objectivos desta acção de formação no sentido de reforçar o combate contra os acontecimentos mais recentes que ocorreram na região.

As formas de ocultação que as organizações criminais usam para ocultar a cocaína nos barcos como embarcações de recreios, de pesca, como navios de comércio também mereceram atenção dos recém-formados mediante exercícios práticos, em que foram distribuídos por grupos diferentes em navios de exercícios.

Com a duração de cinco dias, a formação foi realizada no quadro de uma parceria entre a Polícia Judiciária e o Programa de Cooperação Portuária – SEACOP, e foi ministrada por três formadores e dois analistas do Centro de Análise e Operações Marítimas Narcóticos (MAOCN).

A formação contou ainda com o envolvimento da União Europeia e da Cooperação Espanhola, através da Guarda Civil.

SR/CP

Inforpress/Fim

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