Achada Igreja, 03 Mai (Inforpress) – Ana Mileida, de Freirianas Guerreiras, e Milene Gomes, de Flor de Esperança, provaram que batuco “está na moda”, segundo avaliação do público do festival “Nhu Sior do Mundo 2025” que terminou hoje, depois das 10:00.
O único dia do certame musical, destaque das festividades do santo padroeiro do município de São Salvador do Mundo (Picos), com o mesmo nome, assinalado este domingo, 04, inicialmente agendado para começar às 22:00, principiou depois da 01:00, com animação dos Deejay (DJ) Straga, Samuka e Pensador.
No entanto, em termos de actuação dos artistas coube à “prata da casa” Edu DSD dar o pontapé de saída depois da 01:30.
Depois seguiu-se actuações de Zeny Gaita e Turu com o “fenómeno cotchi pó”, de Rubem Teixeira, o artista romântico, que manifestou o orgulho e prazer de estar a pisar pela primeira vez este palco, tendo cantado e encantado o público, sobretudo feminino.
O artista apresentou músicas como “Baixinha”, “Kriola” e “Volta” e encerrou a sua actuação ao som de “Amor Bandido” tema que marcou o início da sua carreira musical.
Com o largo da rua de Achada Igreja cheio, Milito Freire, em estreia, provou mais uma vez que Picos é “terra de cotxi pó” e de entre vários temas fez o público cantar e dançar “Sogra é ca família” e “Carina de Landa”, sucessos de momento do “fenómeno cotxi pó”, sendo a última música nomeada para a categoria “Cotxi pó do Ano” nos Cabo Verde Music Awards 2025 (CVMA).
Depois de atrasos na troca de artistas, Ana Mileida e Milene Gomes, as duas vozes femininas do cartaz, ao serem anunciadas foram recebidas em delírio pelo público.
Em dueto, as duas artistas, residentes em Portugal, cantaram, encantaram, fizeram o público dar “torno” (dança de batuco), elevaram este género musical cabo-verdiana para “outro patamar” e provaram que o mesmo “está na moda”.
O público de todas as faixas etárias presente cantou “Nha minino”, “Mudjer”, “Abraça nha terra”, “10 Ilhas”, “Família”, e sobretudo “Imigrason” e “Amizade na nota”, temas nomeados na categoria “Batuco do Ano” nos CVMA 2025.
Para as artistas a introdução de bateria, baixo, piano ou gaita “não tira” a essência do batuco, mas a ajuda a renascer para não morrer nem dentro e nem fora de Cabo Verde, como os grupos que lideram e outros têm feito.
Assim como as demais actuações, o público revelou-se conhecedor das músicas do “homem do funaná”, Zé Spanhol, e Trakinuz que já marcaram presença em outras edições deste festival.
Com músicas novas, como “Ave Maria” o artista salvadorenho cativou o público jovem, mesmo com a saída de alguns festivaleiros para fora do recinto.
Depois das 08:30, com a chamada de Elji Beatzkilla, um dos artistas mais esperados da noite, em estreia, fez com que o público regressasse novamente ao recinto ao som de vários temas e terminou a sua actuação com a sua “performance único” cantando “Xtraga”, que teve até invasão de palco por parte de dois fãs.
Perto das 09:00 entrou o artista salvadorenho e conhecido do público deste festival Willy Semedo, que cedeu o palco ao MC Acondize que encerrou o festival de música com uma “pequena enchente” depois das 10:00 de hoje.
Para assinalar as festividades do seu santo padroeiro, a edilidade realizou no último fim-de-semana a sexta edição da Feira de Agro-negócio, denominada “Agro-Picos”, acompanhado de um leque de actividades culturais e desportivas e, ainda, a inauguração do miradouro de Alto Babosa.
As festividades terão o seu ponto alto no domingo, 04, com uma procissão e missa em honra ao orago local e, à semelhança dos anos anteriores, espera-se reunir milhares de fiéis de todos os concelhos da ilha de Santiago, nos Picos.
FM/HF
Inforpress/Fim
Partilhar