Pedro Pires considera “gratificante” condecoração atribuída por Angola

Cidade da Praia, 04 Dez (Inforpress) – O antigo Presidente da República Pedro Pires afirmou hoje que a Medalha de Honra atribuída por Angola é um “gesto gratificante”, recordando que acompanhou, desde o final dos anos 50, todo o processo histórico da luta de libertação nacional.

Pedro Pires falava durante a cerimónia de entrega da distinção, presidida pelo embaixador de Angola em Cabo Verde, Agostinho Tavares Silva Neto.

A distinção surge na sequência da 8.ª cerimónia de condecorações, realizada a 06 de Novembro, em Luanda, onde o Presidente angolano, João Lourenço, agraciou os antigos presidentes cabo-verdianos Aristides Pereira e Pedro Pires com a Medalha de Honra, a mais alta distinção do Estado angolano, em reconhecimento pelo papel desempenhado no processo de libertação.

Pires recordou que a luta em Angola teve sempre “grande importância” para si e que acompanhou, desde o final dos anos 50, todo o processo que conduziu à luta de libertação nacional e à luta armada.

“Eu vejo isso como algo de muito interesse, gratificante, depois de toda essa caminhada, e 50 anos depois, se atribui ou se recebe uma distinção ligada ao processo de libertação dos nossos países, têm sempre o seu significado”, afirmou.

Acrescentou que a homenagem assume um valor particular para todos os que estiveram envolvidos nas lutas de libertação nacional.

Assegurou que desde os finais dos anos 50 que acompanhou todo o percurso da luta armada e as independências e que esta distinção é o resultado dessa intervenção e presença no processo de libertação de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe.

Por seu turno, o embaixador de Angola em Cabo Verde, Agostinho Tavares Silva Neto, destacou que Aristides Pereira e Pedro Pires representam “um símbolo de irmandade” para Angola. Recordou que ambos os líderes desempenharam um papel crucial na independência de Cabo Verde e que a distinção expressa o reconhecimento da ligação histórica entre os dois países.

Segundo disse, os povos de Angola e Cabo Verde “lutaram e pegaram em armas para conquistar a independência, liberdade e soberania”.

“Hoje somos um povo livre, um povo soberano, donos dos nossos destinos e nestes 50 anos das nossas independências, esta homenagem é merecida aos antigos presidentes de Cabo Verde é também uma homenagem a todo povo cabo-verdiano”, apontou.

Da parte de Aristides Pereira, a distinção foi recebida pelo seu neto, Carlos Pereira, e pela filha, Estela Pereira.

AV/ZS

Inforpress/Fim