Paul/Festa do Município: Delegada diz que situação da Educação no concelho é boa

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Paul/Festa do Município: Delegada diz que situação da Educação no concelho é boa
11/06/24 - 06:02 pm

Cidade das Pombas, Paul, 11 Jun (Inforpress) – A delegada do Ministério da Educação no Paul considerou hoje, que a situação do sector no município é “boa” e justificou que tal se deve aos “bons” resultados e à diminuição do abandono escolar.

Em declarações à Inforpress, Lineth Rodrigues explicou que a delegação do Ministério da Educação tem feito intervenções em todas as áreas, não só a nível académico, mas também tem uma “preocupação enorme” com o desenvolvimento sócio-afectivo dos alunos, tanto é que fazem um trabalho junto das famílias, o que na sua opinião tem convertido nos resultados “muito positivos”.

Este ano lectivo, que está quase a terminar, segundo a delegada, iniciaram com um total de 1.400 alunos do pré-escolar ao ensino secundário, um cenário que Lineth Rodrigues considerou “preocupante” devido à diminuição do numero de alunos ao longo dos anos.

No que tange à taxa de abandono escolar, Lineth Rodrigues fez saber que a mesma é de 0,1 por cento (%). No entanto, desde o início do ano lectivo fizeram um levantamento, tipo diagnóstico, dos alunos, famílias e comunidades, como forma de traçarem estratégias para trabalhar com os alunos em risco de abandonarem os estudos.

“Gostaríamos de ter uma certeza que daqui a dois ou três anos, essa taxa estivesse zerada, mas é algo que temos de trabalhar todos os anos e quem sabe podemos chegar, daqui a alguns anos, no resultado almejado”, disse.

Relativamente à taxa de aproveitamento escolar, Lineth Rodrigues frisou que, tendo em conta que ainda não terminaram o ano lectivo, no primeiro trimestre, no ensino básico, atingiram os 98%, e no ensino secundário, 84%.

Já no segundo trimestre a taxa no ensino básico manteve-se e a do secundário “oscilou um pouco” para 87%.

“No ensino básico sempre temos uma taxa muito alta, mas no ensino secundário oscila, no entanto, acredito que este trimestre, vamos terminar o ano lectivo com uma taxa no ensino básico de 98 ou 99%. Já no ensino secundário vamos tentar manter os 87 ou 88%. É algo que temos vindo a melhorar, mas sabemos que no ensino secundário essa evolução é mais lenta porque tem muito a ver com a falta do acompanhamento familiar”, sublinhou.

Lineth Rodrigues explicou que colocam a falta de acompanhamento familiar como a primeira causa de a taxa de aproveitamento não “evoluir, no secundário, porque, segundo a mesma, a escola tem vindo a melhorar as condições das infra-estruturas com salas de aulas amplas, limpas, pintura alegre, materiais didácticos de entre outros.

“Portanto, a nível da escola não colocamos essa questão de que os alunos não estão a ter sucesso porque a escola não tem condições. As condições estão criadas, é claro que precisamos sempre melhorar alguma coisa, mas sentimos muita falta do acompanhamento sociofamiliar e do interesse do aluno”, pontuou.

Quanto ao número de professores a delegada mencionou que o Paul tem 171 professores e mais de 90% tem formação específica nas várias áreas.

O Paul, que festeja o seu dia de Município e do padroeiro, Santo António das Pombas, no próximo dia 13 de Junho, é um concelho que se situa no extremo nordeste da ilha de Santo Antão e tem 54,26 quilómetros quadrados (km²) de superfície.

Tem uma população de 5.766 habitantes, em 2023, com 55,3 por cento (%) de indivíduos de sexo masculino e 44,7% de sexo feminino, segundo dados cedidos pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Segundo a mesma fonte, a população do Paul representa 15,6% do total da ilha de Santo Antão e está reunida em 1.802 agregados familiares.

A taxa de ocupação da população activa é de 47,8% e a taxa de desemprego 10.2%, com o desemprego jovem (15-24 anos) na casa dos 24%.

O Paul tem uma taxa de alfabetização de 83.7% na faixa etária superior a 15 anos, mas a taxa sobe para 98,1% na faixa etária dos 15-24 anos.

Ainda citando os dados que nos foram facultados pelo INE, o quesito das condições de vida indica que 95,5% da população tem acesso à electricidade, 85,3% tem casa de banho, 89,5% tem acesso à água da rede pública, 51,7% usa contentores, 74,7% usa gaz butano e 22 % usa lenha para cozinhar.

LFS/HF

Inforpress/Fim

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