PAICV adverte que espectro da fome paira sobre muitas famílias cabo-verdianas

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PAICV adverte que espectro da fome paira sobre muitas famílias cabo-verdianas
16/07/24 - 02:10 pm

Cidade da Praia, 16 Jul (Inforpress) - O Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV-oposição), advertiu hoje, na Cidade da Praia, que o espectro da fome paira sobre muitas famílias cabo-verdianas.

A advertência foi feita em conferência de imprensa, pela deputada Adelsia Almeida, convocada para denunciar acções de manipulação da pobreza e exposição indevida dos vulneráveis por parte do Governo.

“O espectro da fome paira sobre muitas famílias e a falta de oportunidade tem provocado a saída em massa de jovens para o exterior, deixando as famílias desamparadas e o País sem mão-de-obra em vários sectores de actividade”, precisou.

Para o maior partido da oposição, esta situação é resultante da falta de estratégia do Governo do Movimento para a Democracia (MpD – poder), no combate efectivo e sustentável da pobreza em Cabo Verde.

“A pobreza global aumentou em cerca de sete por cento (%) em 2023 e a insegurança alimentar, atingindo cerca de 1/3 da população”, indicou a deputada, referindo-se aos dados do Afrobarómetro [Instituto de Sondagem Panafricana].

De acordo com Adelsia Almeida, a estratégia do combate à pobreza do Governo tem se resumido na transferência de rendas (5.500$00), através do Rendimento Social às famílias que vivem em extrema pobreza.

Esse montante, explicou, é disponibilizado a uma família que vive na extrema pobreza e que, em média, é constituída por seis ou sete membros.

“Significa em termos práticos, cada membro recebe cerca de 30 escudos por dia para satisfazer as suas necessidades básicas. Montante por demais insuficiente considerando os 2,15 dólares fixados a nível internacional como limite mínimo para tirar as pessoas da pobreza extrema”, precisou.

Para a deputada, o Cadastro Social Único, que é base para a atribuição dos subsídios de pobreza, tem que ser reformulado no processo de identificação dos beneficiários.

“Os indicadores são subjectivos e há alguns que não se adaptam à nossa realidade”, notou a deputada, que apelou a um diálogo concertado para a identificação dos melhores indicadores da vulnerabilidade no país

OM/ZS

Inforpress/Fim

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