Cidade da Praia, 02 Out (Inforpress) – O deputado Julião Varela assegurou hoje que o PAICV vai continuar a lutar pela reposição da grelha salarial dos docentes, reforçando que o Governo retirou todos os direitos adquiridos pelos professores com a implementação do PCFR.
Julião Varela falava à imprensa após um encontro efectuado pelos deputados eleitos pelo círculo eleitoral de Santiago Sul ao Sindicato Nacional dos Professores (Sindep) no âmbito da preparação para o primeiro debate parlamentar do dia 08 com o ministro da Educação, Amadeu Cruz.
De acordo com Julião Varela, com o novo Plano de Carreiras Funções e Remunerações (PCFR) os professores perderam o direito à progressão obrigatória de quatro em quatro anos, passando a depender de avaliações de desempenho consideradas “subjectivas e imprevisíveis”.
Além disso, acrescentou, os docentes viram reduzido o valor da pensão de aposentação, que anteriormente podia atingir 156 mil escudos, passando agora para 136 mil escudos, “uma perda significativa de cerca de 20 mil escudos”.
“Depois há o problema que tem a ver com outras situações que também foram colocadas, nomeadamente as promoções congeladas em que, de acordo com o PCFR, todos os professores perderam pelo menos quatro anos da sua carreira profissional”, pontuou, recordando a luta para alcançar o salário inicial de 109 mil escudos.
O deputado exemplificou que quem tinha direito a duas promoções ficou apenas com uma e quem tinha três passou a ter duas, respectivamente, uma situação que considerou “extremamente injusta”.
O compromisso do PAICV, garantiu o parlamentar, é repor os direitos retirados e melhorar a grelha salarial, para corresponder às expectativas legítimas da classe, lembrando que estes direitos já constavam do estatuto de 2015 e eram garantidos através de dotação obrigatória no Orçamento do Estado.
O deputado do maior partido da oposição reiterou o apoio do partido à luta dos professores, sublinhando ser fundamental melhorar a grelha salarial para corresponder à expectativa dos professores de classe especial e garantir a qualidade do sistema educativo cabo-verdiano.
LT/HF
Inforpress/Fim
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