Maus Tratos: Acrides apela a mais amor às crianças para que sejam adultos felizes

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Maus Tratos: Acrides apela a mais amor às crianças para que sejam adultos felizes
11/04/24 - 02:30 pm

Cidade da Praia, 11 Abr (Inforpress) – A presidente da Associação de Crianças Desfavorecidas (Acrides) apelou às famílias a oferecerem mais amor às crianças, para os tornarem adultos felizes, e a não praticarem maus tratos contra elas para que não encontrem o pior na rua.

O apelo foi feito por Lourença Tavares, em declarações à imprensa, no acto de colocação de um laço azul na fachada da Escola Básica de Achada Mato, na cidade da Praia, no âmbito do “Abril, mês da prevenção dos maus tratos na infância”.

“Nós, em Cabo Verde, temos crianças que sofrem maus tratos em casa das famílias, portanto, nada como a Acrides acrescentar à sua agenda as datas comemorativas definidas pelas Nações Unidas, a nível internacional, em nome das nossas crianças vítimas de maus tratos”, disse.

De modo que aproveitou o momento para apelar aos pais, às famílias que dêem amor aos seus filhos, argumentando que uma criança amada será um adulto feliz, que contribui e faz o bem.

“Uma criança maltratada é na família que ela tem tudo, não tendo na família a rua não dá tudo, a criança recebe o que a rua lhe dá do pior e do mal”, frisou.

Para Lourença Tavares é importante trabalhar as famílias enquanto primeira escola, onde as crianças recebem tudo do bom e do mal, avançando que a Acrides vai estar nas comunidades em rodas de conversas com as famílias mostrando-lhes que não estão sozinhas e que juntos é possível criar os filhos para que no futuro sejam homens e mulheres com condições para a governação e a continuidade do país.

“Nós recebemos algumas queixas, trabalhamos com crianças vítimas de maus tratos, portanto, foi o melhor que aconteceu nós sabermos que se assinala internacionalmente o dia contra os maus tratos na infância", sublinhou, defendendo que cada família deve responsabilizar-se pelo seu filho e serviço social nas comunidades.

Sobre a necessidade da reformulação do estatuto de crianças e adolescentes e a lei de protecção das crianças diz ser importante um trabalho em rede e articulado com todos os Ministérios, para que juntos se possam conhecer e resolver os problemas.

Por seu lado a gestora da escola de Achada Mato, Izilena Furtado, realçou a importância da promoção de acções de sensibilização sobre esta problemática tendo afirmando que esta comunidade educativa tem constatado e agido em algumas situações de maus tratos em alunos com vulnerabilidades sociais e promovido palestras para ajudar na prevenção.

A Acrides, que pretende levar a comemoração a várias escolas do país, convida a todas as instituições a associarem-se a esta causa representada pelo laço azul, que este ano se assinala sob o lema “Serei o que me deres…que seja amor. O amor que não fere e não maltrata”.

A iniciativa, segundo Lourença Tavares visa lembrar a história de Bonnie Finney, uma avó norte-americana que amarrou uma fita azul na antena do seu carro em homenagem ao neto vítima mortal de maus-tratos.

ET/HF

Inforpress/Fim

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