Cidade da Praia, 17 Out (Inforpress) – O coordenador nacional da Coligação da Juventude dos PALOP defendeu hoje a necessidade de colocar os jovens no centro das decisões políticas, para participarem quer
“Muitas vezes as políticas que temos em Cabo Verde, como em todos os países que fazem parte dos PALOP não surtem efeito apropriadamente nas vidas dos jovens, é nessa perspetiva que exortamos mais uma vez que os jovens sejam postos na mesa para discutir, sugerir e sobretudo, no processo de avaliação das políticas que são implementadas”, precisou Denilson Monteiro.
O coordenador nacional da coligação da Juventude dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) falava na abertura da conferência “Encontro de gerações dos PALOP: Das lutas de ontem, as esperanças de hoje – gerações em diálogo após os 50 anos”.
Entretanto destacou a importância de ouvir a juventude, sublinhando que “é fundamental que o jovem seja posto à mesa para discutir, sugerir e avaliar as políticas que o afectam diretamente”, reforçando o papel activo da juventude na construção de sociedades mais participativas.
Referiu ainda que num contexto marcado por “uma forte vaga migratória” é essencial criar condições para que os jovens possam permanecer nos seus países.
“(…) Nós temos jovens que acreditam, que estão aqui no país, a tentar construir no lugar possível, mas não é só acreditar, mas sim tem de ter condições para que nós possamos continuar a dar o nosso contributo”, afirmou.
O coordenador lembrou que a coligação tem procurado promover um encontro com o primeiro-ministro de Cabo Verde, para que este possa ouvir diretamente as preocupações e propostas dos jovens, salientando que “não basta ter um ministro da juventude; é preciso que as mais altas instâncias políticas se envolvam e dialoguem com os jovens”.
Entre as principais reivindicações, destacou-se a necessidade de melhorias significativas na educação e no emprego, de modo a travar a crescente emigração de jovens em busca de melhores condições de vida.
“(…) Se tivermos um Governo que acredita na juventude, que dá aos jovens as oportunidades, nós acreditamos que esses jovens vão fazer tudo o que puder para o nosso país”, reforçou.
Na ocasião, sublinhou que o evento constitui um momento de reflexão e homenagem às gerações que lutaram pela independência, simbolizando a continuidade entre o passado e o futuro.
“O dia de hoje ficará marcado na memória das nossas gerações, 50 depois de lutas que nos deram independência, voltamos a reunir, não para recordar apenas o passado, mas para projetar o futuro”, apontou, realçando que o encontro é um símbolo de resistência, unidade e esperança.
AV/AA
Inforpress/Fim
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